Trânsito

Ponte de Congonhas: 2,4 anos inviável para o tráfego

Os prejuízos são físicos e financeiros. O edital de licitação para a obra dos acessos foi lançado no último dia 28.

Fotos: Rafael Andrade/Notisul

Fotos: Rafael Andrade/Notisul

No próximo domingo a Ponte de Congonhas, ou a falta dela, completará mais um mês de aniversário. Chegará a 2,4 anos que uma das principais ligações da região – entre Tubarão e Jaguaruna – está inviável para o tráfego de veículos. O dividendo deste período sem trânsito é de muitos prejuízos. Não somente financeiros, mas também físicos.

Um motociclista morador do bairro de Jabuticabeira, já na parte na Cidade das Praias, sofreu um recente acidente na BR-101. Ele estava a caminho do trabalho, na empresa Itagres, no bairro São Cristóvão, em Tubarão, quando se envolveu em uma grave batida. Antes, sua passagem era tranquila via bairro Congonhas e acessava a firma em poucos minutos e com muito mais segurança.

Outro cidadão que sofreu, desta vez no bolso, com a falta da passagem, é o comerciante Altamiro Rocha Domingos, na parte tubaronense. Baixou dos cerca de R$ 10 mil que levantava por mês, para aproximadamente R$ 800,00, quando ainda articula promoções e outros atrativos. Não passa mais ninguém pela estrada. A ponte caiu e o meu movimento sumiu. E agora?”, indaga.

Relembre o caso

O custo para a construção das cabeceiras da Ponte de Congonhas, que faz divisa entre Tubarão e Jaguaruna, será de R$ 2 milhões. Assim, com R$ 1,79 milhão já investidos na estrutura, mais o novo projeto das cabeceiras, R$ 74,5 mil, e outros detalhes como um valor gasto na primeira licitação, na qual só foi instalado um canteiro de obras que não seguiu em frente, a travessia custará cerca de R$ 4 milhões. Conforme o site Notisul, o que muitos moradores das duas cidades envolvidas questionam é que as cabeceiras custam mais dinheiro que a ponte propriamente dita.

O edital de licitação para a obra dos acessos foi lançado no último dia 28. “Esperamos que estejamos chegando nos capítulos finais acerca desta obra, que o estado assumiu em março de 2014. O governo garantiu arcar com toda a estrutura e ficará para as duas prefeituras apenas a iluminação”, informa o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), Caio Tokarski.

Os valores, conforme Caio, tornaram-se elevados por causa dos estaqueamentos que serão feitos para a construção das cabeceiras, com 30 metros cada. As oito estacas (quatro para cada lado) devem ser metálicas. Na margem de Jaguaruna, em alguns pontos, terão 62 metros. A estrutura definitiva terá 64 metros de comprimento e 8,9 metros de largura, duas passarelas para pedestres com largura de 1,1 metro. Serão 569,6 metros quadrados.