Economia

Sindicato rejeita reajuste abaixo da inflação e extinção de abono anual para trabalhadores do plástico

A negociação inclui trabalhadores de 29 cidades do Sul, entre elas Orleans, São Ludgero e Urussanga.

Foto: Gilvan de França

Foto: Gilvan de França

Representantes dos sindicatos patronal e dos trabalhadores do plástico se reuniram nesta terça-feira (19) para discutir a convenção coletiva da categoria na região. O encontro aconteceu na sede da ACIC em Criciúma.

“Uma afronta à classe trabalhadora, exemplo de falta de consideração com seus próprios trabalhadores, um convite à indignação e mobilização dos mais de 8,5 mil profissionais das indústrias plásticas descartáveis, flexíveis e de reciclados de Criciúma e região”, assim resumiu o presidente do sindicato profissional, Carlos de Cardes, o Dé, ao sair da segunda rodada de negociação o encontro.

A data base dos trabalhadores é 1º de abril e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses foi de 9,91%.

Os representantes da classe patronal ofereceram 6% de reajuste em abril e mais 1% em outubro para os salários de até R$ 3 mil. Acima deste valor, o reajuste é de R$ 180 em abril e R$ 30 em outubro.

Pela proposta, o abono anual conquistado em 2004, que foi de R$ 800,00 em 2015, segundo a proposta patronal, será extinto.

“Não há como de sã consciência aceitar discutir uma proposta nestes índices, é desrespeito e falta de consideração com o trabalhador”, desabafa Carlos de Cordes.

“Os patrões alegam que há uma crise econômica, mas a produção nas fábricas continua inalterada, tudo o que é produzido é vendido”, ilustra Dé.

Para o dirigente sindical “se há uma conta a ser paga em virtude da crise, ela não pode ser cobrada do trabalhador, que já perdeu quase 10% do seu salário no ano que passou”, finaliza.

Colaboração: Gilvan de França