Nos últimos dois meses, o grupo realizou ações violentas em Maracajá, Pedras Grandes, Içara, Criciúma, Braço do Norte e Araranguá.
A Polícia Civil do Sul de Santa Catarina desarticulou, nas últimas horas, uma quadrilha que vinha cometendo roubos a residências e torturando moradores da região. Segundo os delegados Antônio Márcio Campos Neves e André Milanese, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, o grupo realizou um assalto na noite dessa terça-feira (12) a uma família do bairro São Roque, de Criciúma.
Três integrantes do grupo foram presos horas depois do assalto, em situação de flagrante. Entre eles, estava um rapaz acusado de estar envolvido na tentativa de latrocínio de um policial militar de Criciúma. “Na época em que roubou o malote de um supermercado e, em seguida, atirou no policial na frente do banco Bradesco, em Criciúma, o rapaz era adolescente. Agora ele completou 18 anos e optou por continuar na vida do crime. Ele foi preso nesta madrugada por envolvimento nos assaltos”, relata Milanese.
Ao longo da madrugada desta quarta-feira, outro homem foi preso em uma residência de Criciúma. Além de existir um mandado de prisão em seu nome, ele foi flagrado com uma espingarda e será autuado por posse ilegal de arma de fogo.
Nos últimos dois meses, o grupo realizou ações violentas em Maracajá, Pedras Grandes, Içara, Criciúma, Braço do Norte e Araranguá.
De acordo com o delegado Neves, outros dois ou três integrantes do grupo serão presos nos próximos dias. “O principal articulador dos assaltos foi preso em flagrante nesta madrugada. Outros envolvidos serão presos nos próximos dias, assim que o inquérito for concluído. Duas mulheres estavam na residência junto do último rapaz preso, mas elas serão liberadas e responderão em liberdade pois não teriam participado diretamente dos assaltos”, ressalta.
Os acusados já foram encaminhados ao Presídio Santa Augusta, de Criciúma. Até o momento, quatro famílias foram ouvidas e recuperaram seus pertences. Outros objetos estão na DIC de Criciúma aguardando reconhecimento das demais vítimas. “A investigação policial foi realizada em diversas cidades onde o grupo cometeu crimes e, em determinado momento, houve o cruzamento de informações e detectamos que a mesma quadrilha cometia assaltos em toda a região. Por isso as famílias se deslocarão nos próximos dias até Criciúma para fazer o reconhecimento de seus objetos e prestar seus depoimentos”, complementa Neves.
Crítica
Após o fim da operação policial que resultou na prisão dos quatro acusados, o delegado Antônio Márcio Campos Neves criticou o fato de eles não terem mantidos presos nos últimos anos. “Todos eles possuem passagens criminais e já foram presos anteriormente. A polícia recebe muitas críticas, mas sabemos que há uma falha no sistema judicial. De qualquer forma, trabalharemos para provar o envolvimento de todos nestes crimes”, afirma.
Com informações do Engeplus