De janeiro até agora, a Amurel já registrou oito casos de gripe H1N1. Todos foram confirmados através de exames laboratoriais. Em Imbituba, um caso suspeito está sendo investigado e a confirmação deve sair hoje.
Dos oito registros de gripe A, três foram em Tubarão, um em Capivari de Baixo, três em Imbituba e um em Braço do Norte. Segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica de Imbituba, Everaldo de Paula, até o momento foram três registros na cidade e um está em investigação. Se der positivo, chega a quatro casos em Imbituba.
“O resultado da subtipagem deve sair hoje, o que deve concluir se é ou não gripe A. Se der positivo, serão quatro em Imbituba. O primeiro caso foi da gestante, seguido de um representante comercial. Nestes dois, a suspeita é de que tenha sido importado. Nesta semana, outro caso foi confirmado e outro está em investigação”, afirma.
Uma reunião, revela Everaldo, irá ocorrer hoje às 14h entre o setor de Vigilância Epidemiológica de Imbituba e a direção do hospital.
Em Braço do Norte, um caso da doença foi registrado no fim de semana, sendo o primeiro na cidade. Os sintomas foram detectados em uma mulher de 35 anos, que foi internada no Hospital Santa Terezinha. Após diagnóstico, ela segue o tratamento em casa. No ano passado, a cidade não teve nenhum registro.
“Apesar de suspeitarmos de que a doença tenha sido adquirida fora do município, estamos em sinal de alerta”, explica a responsável pelo setor de epidemiologia de Braço do Norte, Graziela Luzia Wernke.
Em Tubarão, do início do ano até agora, foram três casos positivos para H1N1. O primeiro, de um homem de 65 anos, foi registrado em março. Posteriormente, outro homem da Cidade Azul, de 53 anos, esteve internado no Hospital Universitário de Florianópolis com a doença.
O outro caso, de acordo com a supervisora da regional de saúde e responsável pelo programa da gripe, Marlene de Souza Marcelo Gonçalves, saiu há poucos dias, assim como o de Capivari de Baixo (um caso de H1N1). “O boletim da Dive, por exemplo, é da semana passada e só tem o registro de um caso da doença. Mas alguns resultados saíram na sexta-feira. Até agora, na área de abrangência da 20ª regional, temos 20 casos suspeitos (notificados) e quatro confirmados – sendo três em Tubarão e um em Capivari”, detalha.
A 20ª Gerência de Saúde abrange as cidades de Tubarão, Capivari de Baixo, Pedras Grandes, Gravatal, Treze de Maio, Jaguaruna e Sangão. Já Braço do Norte, Laguna e Imbituba pertencem a regionais distintas.
Além disso, em Tubarão alguns lugares já estão sem lote de vacina antigripal. O imunizante deve chegar ainda esta semana, a partir do dia 15. Mais de 33 mil pessoas devem ser imunizadas a partir do dia 25 em Tubarão
A campanha de vacinação contra a gripe iniciará no dia 25 de abril e segue até 20 de maio. Em Tubarão, mais de 33 mil pessoas podem receber a dose.
Para facilitar o acesso ao serviço de saúde, no sábado, dia 30 de abril, será realizado o Dia D, com todas as unidades de saúde abertas em horário alternativo, das 8h às 17h. Durante a campanha, todas as salas de vacina estarão aplicando a dose.
Conforme informações do Ministério da Saúde, a vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de internações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
A dose oferecida na rede pública de saúde é a trivalente, imunização que protege contra os vírus H1N1, H3N2 e Influenza B.
As doses estarão disponíveis para 5.282 crianças (de seis meses a menores de cinco anos), 2.692 trabalhadores de saúde, 12.074 idosos (mais de 60 anos), 992 gestantes, 163 puérperas, 881 pessoas privadas de liberdade e 11.714 pessoas com doença crônica. Para receber a dose, os trabalhadores de saúde devem apresentar documento do conselho profissional ou que comprove a profissão, e os doentes crônicos devem apresentar atestado médico.
Com relação às crianças que nunca foram imunizadas contra a gripe, os pais devem ficar atentos. Após 30 dias da primeira aplicação, é necessário retornar à sala de vacina para receber um reforço. Essa orientação é válida também para as crianças de até oito anos com doença crônica.
Com informações do site Diário do Sul