Dois casos de H1N1 foram confirmados em Imbituba esta semana. Com eles, chega a quatro o número na região – os outros dois foram em Tubarão.
Os pacientes são uma grávida e um homem. A mulher identificou os sintomas rapidamente, procurou o hospital, já foi tratada e medicada e passa bem. O homem continua em tratamento isolado. Segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica de Imbituba, Everaldo de Paula, os dois casos confirmados de gripe A podem ter sido importados.
“A moça veio de uma viagem já doente. Já o homem, que é representante comercial, passa a maior parte da semana fora da cidade. Com isso, tudo leva a crer que ambos os casos são importados, ou seja, eles contraíram a doença em outro município”, explica.
Além disso, Everaldo revela que na cidade foram feitas seis notificações. Destas seis, uma foi confirmada, que foi a do homem. “É bom ressaltar que a notificação é quando há a suspeita de contração do vírus. Quando é notificado um caso, a pessoa passa a receber a medicação como se fosse um caso confirmado. É tratada com Tamiflu até vir a confirmação. Se o resultado for negativo, o medicamento é suspenso”, afirma. No caso de o resultado ter sido positivo, acrescenta Everaldo, o paciente é isolado e o tratamento com Tamiflu é mantido.
Em Tubarão, o primeiro caso confirmado foi no fim de março. O paciente era um homem de 65 anos. O outro, um homem de 53 anos também da Cidade Azul, esteve internado no Hospital Universitário de Florianópolis com H1N1.
A gripe H1N1 é uma doença viral, cujos principais sintomas são febre alta e tosse, dores de cabeça e no corpo, garganta inflamada e falta de ar. Cansaço, diarreia e vômito também fazem parte do quadro.
Durante a transmissão, o vírus viaja do corpo do portador através da saliva (tosse, espirro) e atinge qualquer um que não esteja prevenido e tenha contato com este resíduo. “Para evitar o contágio, os moradores devem sempre lavar as mãos com água e sabão, ou em segundo caso, com álcool gel, e evitar ambientes com aglomerações”, afirma a enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica da 20ª Gerência Regional de Saúde de Tubarão, Patrícia Zapelini Batista.
Caso Arthur: morte por gripe A é descartada
As amostras coletadas de Arthur Carvalho, de 34 anos, que morreu terça-feira com suspeita de H1N1, deram negativas. Ou seja, a causa da morte não foi gripe A, conforme as primeiras suspeitas.
O material coletado foi analisado pelo Laboratório Central de Saúde Pública – Lacen de Florianópolis. O resultado, que sairia apenas na segunda-feira, saiu na tarde de ontem. Também deu negativo para Influenza B.
Ainda não se sabe realmente o que levou o jovem à morte. De acordo com o médico infectologista Rogério Sobroza de Mello, a causa pode ter sido infecção generalizada. “Quando não detectada a tempo, pode levar à morte”, explica o médico.
O jovem, segundo informações extraoficiais, teria começado a se sentir mal no domingo. Posteriormente, sentiu falta de ar e procurou auxílio médico, sendo internado na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição – HNSC. Ele morreu na noite de terça-feira.
A morte prematura de Arthur comoveu a cidade. Nas redes sociais, fotografias e textos sobre o caso. O jovem era filho da ex-vereadora Albertina Terezinha de Carvalho, a Beth Xuxa, e trabalhava na Câmara de Vereadores.
Campanha de vacinação no estado
A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina decidiu antecipar para o dia 25 de abril o início da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Nacionalmente, a imunização começa em 30 de abril, dia “D” de mobilização para intensificar a vacinação para todos os grupos. Segundo a Dive, a campanha vai até 20 de maio.
Terá direito à vacina gratuita o mesmo grupo do ano passado: crianças menores de cinco anos, gestantes, mães até 40 dias após o parto, idosos, profissionais da saúde, indígenas, detentos e portadores de doenças crônicas.
Com informações do site Diário do Sul