Foto: Divulgação / Sul in Foco
Segundo informações do Hemosc, se cada pessoa saudável doasse sangue espontaneamente pelo menos duas vezes ao ano, os Hemocentros teriam material suficiente para atender toda população. Pensando nisso e com grande vontade de ajudar ao próximo, o morador de Braço do Norte, Fillippi Fernandes, de 26 anos, há sete meses, criou um grupo no whatsapp com o objetivo de mobilizar doadores de sangue na região.
O canal de comunicação conta com aproximadamente 60 participantes. Além de Braço do Norte, há pessoas de São Ludgero, Grão Pará, Rio Fortuna, Criciúma, Tubarão e entre outras cidades. Quando um integrante é informado sobre alguém que necessite de doação, isso é divulgado no grupo. Segundo o criador e administrador do grupo, que é doador há 10 anos já fez por volta de 30 doações de sangue, na maioria dos casos consegue-se mais pessoas do que o necessário.
O braçonortense conta ainda que foi através de uma história assim que tomou esta iniciativa. “Um dia meu sogro me ligou e pediu para que eu conseguisse encontrar cinco pessoas para fazer doação de sangue para um homem que iria fazer uma cirurgia e estava precisando. Eu consegui 25 pessoas. Mas antes disso, eu liguei para o Hemosc e perguntei se não daria para trazer uma unidade móvel para a cidade para fazer a coleta. Não apenas para ele, mas para quem tivesse precisando. Eles me explicaram os procedimentos e nós trouxemos para o bairro São Basílio. Nesse dia, foram feitas 125 coletas de sangue e foi quando eu criei o grupo”.
Maria Regina Boteon Buttner, do serviço de captação de doadores do Hemosc de Criciúma, também é uma dos membros do grupo e esclarece eventuais dúvidas dos demais integrantes. “Este serviço de mobilização realizado ali é muito importante para a divulgação da coleta de sangue e também para conscientização das pessoas. A doação parte de cada um, então quanto mais se falar nisso, melhor. É um gesto muito nobre deles e tem rendido bons frutos, pois há participante que nunca haviam doado sangue e que fizeram pela primeira vez graças ao grupo”, afirmou.
Fillippi conta que esta é uma luta diária. “Doar sangue não ajuda apenas o próximo, ajuda muito o doador também, pois não há nada melhor que fazer o bem”. Ele conta que, apesar de ser um ato simples e seguro, que não provoca risco à saúde do doador, muitas pessoas ainda sentem receio. O site do Hemosc informa sobre a importância disso. “Sangue não tem substituto. Por isso a doação espontânea e periódica é fundamental. Uma única doação de sangue pode salvar várias vidas. Todos os dias acontecem centenas de acidentes, cirurgias e queimaduras violentas que exigem transfusão, assim como os portadores de hemofilia, leucemia e anemias”.
As boas ações não param por aí. Fillippi planeja também a realização do 1º Encontro de Doadores de Sangue. “Neste evento, iremos arrecadar um quilo de alimento não perecível, roupas, calçados ou brinquedos em bom estado ou outras doações para ajudar uma entidade de Braço do Norte ou de outros municípios da região”. Mais informações a respeito da ação serão divulgadas em breve. Para ser membro do grupo, basta mandar uma mensagem pelo whatsapp para o número (48) 9964-9183. Para mais informações a respeito da doação de sangue, acesse este link.
Doação de medula óssea
Fillippi Fernandes pretende divulgar também a importância da doação de medula óssea. Conforme informações do site do Hemosc, a pessoa deve ter entre 18 e 55 anos de idade e estar saudável. Será retirada pela veia 5 ml de sangue. O sangue será tipado para HLA, que é um exame de laboratório para identificar a característica genética. O tipo de HLA será colocado no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea – REDOME.
Quando aparecer um paciente, a compatibilidade será verificada. Caso seja, outros exames de sangue serão necessários. Se a compatibilidade com o paciente for confirmada, a pessoa será consultada para decidir quanto à doação e o atual estado de saúde do doador será avaliado. Procure um Hemocentro ou Banco de Sangue mais próximo para se cadastrar como Doador de Medula.