Acusado tentou extorquir dinheiro da vítima, uma araranguaense que ele conheceu pela internet. O rapaz ameaçava postar fotos e vídeos íntimos da mulher, mas acabou detido e teve o telefone confiscado pela Polícia Civil
Cada vez mais as pessoas se arriscam expondo sua intimidade em aparelhos celulares e na internet. Nem mesmo os casos cada vez mais corriqueiros de famosos que acabaram tendo suas fotos íntimas vazadas na rede mundial de computadores, serviu para conscientizar sobre esse sério risco.
É o que mostra um inquérito policial instaurado na Delegacia de proteção à criança, adolescente, mulher e idoso de Araranguá – DPCAMI. De acordo com o responsável pelo órgão, o delegado Jair Pereira Duarte, a Polícia Civil concluiu nesta semana um inquérito que apurou o crime de extorsão, cuja vítima é uma mulher de Araranguá.
O fato teve início há um ano, quando uma internauta araranguaense conheceu um homem pelo facebook e mandou para ele fotos e vídeos íntimos. De posse do conteúdo íntimo, o autor passou a exigir dinheiro pelo whatsapp para não divulgar o material para conhecidos e parentes. “A vítima chegou a pagar crédito para o celular do investigado e só não efetuou o pagamento na conta bancária do suspeito por orientação da Delegacia”, contou a autoridade policial.
A vítima procurou a Delegacia e denunciou o caso que passou a ser investigado. “Logo começamos as investigações, apontamos como autor da extorsão um homem residente na cidade de Florianópolis. Uma equipe de policiais da nossa delegacia se deslocou até a capital, onde localizou e conduziu para a Delegacia o homem que exigia dinheiro para não divulgar o conteúdo íntimo nas redes sociais", contou Duarte.
O delegado revelou ainda que foram apreendidos os celulares usados para a prática criminosa e todo o conteúdo da conversa foi recuperado e será usado como prova. “Agora o autor poderá ser condenado pelo crime de extorsão, que prevê uma pena de até 10 anos de reclusão”, afirmou.
A Polícia Civil através da DPCAMI alerta, que há diversos casos de mulheres e até adolescentes que divulgam conteúdo íntimo para amigos ou desconhecidos sendo investigados. O delegado orienta para que não divulgar este tipo de conteúdo. “Isso acaba gerando uma grande dor de cabeça para as vítimas e familiares, pois houveram casos em que esse tipo de material foi enviado para sites pornográficos, inclusive com o telefone da vítima e depois elas passaram a receber ligações de diversas partes do Brasil,” concluiu.
Com informações da Revista W3