Foto: Arquivo/DS
O começo de 2016 tem sido violento na região, que já teve quase o triplo de mortes por assassinato que o mesmo período do ano passado. Foram 13 homicídios desde o dia 1º de janeiro, contra cinco mortes registradas em igual intervalo de 2015.
Dos oito homicídios a mais, quatro ocorreram em Imbituba. A cidade apresenta uma mudança radical em comparação à realidade de 2015, quando registrou cinco assassinatos durante o ano inteiro. O primeiro homicídio na cidade, no ano passado, só ocorreu no mês de maio.
Para o delegado da Divisão de Investigação Criminal – DIC da Polícia Civil de Imbituba, Raphael Giordani, a situação é atípica. “Nós temos feito uma análise criminal e não há indicativa de crescimento nos últimos anos. O que ocorre, em se tratando do número de homicídios, é que há altos e baixos”, observa.
Entre as quatro mortes registradas na cidade em 2016, duas permanecem sem solução. É o caso do duplo homicídio que ocorreu na noite de 25 de janeiro, quando Jackson Alves de Souza Carvalho, 25 anos, e Alan David de Oliveira, 21, foram mortos a tiros enquanto passavam de moto por uma rua no bairro Sagrada Família.
“O inquérito está aberto e não temos muitas informações. A população não tem colaborado, porque tem medo de retaliação, o que dificulta muito o nosso trabalho. Acreditamos que há uma relação com o tráfico de drogas, mas ainda não temos um direcionamento específico”, comenta Raphael Giordani.
O delegado também observa um aumento nas ocorrências de natureza grave envolvendo adolescentes. “No ano passado, num intervalo de dez dias tivemos dois homicídios praticados por menores de idade”, ressalta.
Mais cidades na lista de homicídios
Os outros quatro homicídios que representaram o aumento foram registrados em Tubarão, que passou de um para dois assassinatos, Capivari de Baixo, Jaguaruna e Sangão. No ano passado, não houve homicídios nessas últimas três cidades no começo do ano, enquanto que em 2016 cada uma delas já registrou uma morte por esse tipo de crime.
Para o delegado da DIC de Tubarão, Rubem Antônio Teston da Silva, analisar esses dados é um trabalho complexo. “É um número muito inconstante”, avalia o delegado. A respeito dos dois homicídios cometidos em 2016 na Cidade Azul, ele informa que ambos estão em fase de apuração e coleta de provas. “Ainda não podemos divulgar nenhuma informação”. Rubem assegura que Tubarão mantém um índice considerado calmo, que é de média de dez assassinatos ao ano. Em 2015, foram 12.
Laguna tem número estável, diz delegado
Em Laguna foram registrados quatro homicídios neste período de 2016, mesmo número de 2015. Os mais recentes casos ocorreram no último sábado, quando um casal foi morto a tiros no bairro Portinho. Jhonatan Miguel Ponciano, 21 anos, e Jadna de Jesus, também de 21 anos, estavam no banco de trás de um veículo Golf quando foram assassinados. A jovem estava grávida de cinco meses.
Para o delegado da DIC Rubem Thomé, a investigação do duplo assassinato está “bem adiantada”, e tudo indica que o crime tem ligação com uma espécie de “guerra” entre grupos criminosos da cidade, conflito que já se estende há quatro anos. Apesar dessa disputa, o delegado diz que o número de assassinatos tem se mantido estável. Em 2015 a cidade registrou 12 mortes.
Com informações do site Diário do Sul