Sinto saudades do tempo em que valia a pena defender um partido político. Sinto saudades do tempo em que o PDS, antigo PPB, atual PP, era o símbolo da eficiência na gestão pública. O partido da boa ideia! Sinto saudades do tempo em que o PMDB era o partido da massa, o arrastão das urnas, o amigo do povo. Sinto saudades da rivalidade democrática entre “graxains” e “pé-peludos”, do vermelho e do azul, do centro e do interior. Sinto saudade das grandes disputas, como aquelas, entre o antigo PDS e o verdadeiro MDB.
Contudo, a abertura e o amadurecimento democrático oportunizou o surgimento de inúmeros novos partidos, entre eles, PFL (o atual DEM), PT, PSDB, PSB, PR, PSD, entre outros. Os partidos políticos passaram a ser criados como se fossem produtos em uma linha de produção, idealizados para atenderem os gostos e os interesses de determinados grupos. O que era uma disputa de identificação ideológica tornou-se um balcão de negócios.
A corrupção atingiu a todos, ou, quase todos. A fossa comum da “farra com o dinheiro público” manchou as legendas partidárias. Pesquisas revelam que grande parte do eleitorado brasileiro não se identifica mais com os partidos políticos, e sim, com a biografia do candidato.
Os partidos políticos perderam a força. Perderam a credibilidade. São poucos os cidadãos de bem que batem no peito e se orgulham em dizer: “sou PP”, “sou PMDB”, “sou PT”. Os partidos políticos assaltaram os trabalhadores, promoveram um verdadeiro desmonte do Estado. Deixaram de ser uma agremiação compostas por forças vivas da sociedade em favor do bem comum, para tornar-se um reduto de corruptos, sustentados pela sonegação e pelo roubo do dinheiro público, dinheiro este, proveniente dos impostos pagos pelo povo brasileiro. Abateu-se sobre eles a descredibilidade popular.
Os partidos traíram seus militantes; roubaram aqueles que seguravam bandeiras, pediam votos, eram voluntários como fiscais em eleições. Os partidos políticos abandonaram a integridade e deixaram órfãos os militantes mais calorosos, diga-se, aqueles que compravam brigas e “trincavam amizades” em nome do partido.
O resultado é triste e certo. Defender alguns partidos é como defender a corrupção. Levantar a bandeira de determinados partidos é como levantar a bandeira do roubo, da bandalheira, da falcatrua e da “maracutaia”.
Pessoas de caráter estão decepcionadas com suas legendas e já pediram o divórcio. Segundo pesquisas, candidato bom, não é o candidato do partido, mas sim, candidato de mãos limpas e disposto para o trabalho.
De fato, os partidos se partiram. Tornaram-se cacos. Cacos que insistem em ferir a carne do povo brasileiro.
Em Brasília
Os aliados do PT na corrupção: PMDB (15), PP (11), PSD (55), PDT (12), PR (22), PC do B (65).
Oposição ao PT no desmonte do Estado: PSB (40), PPS (23), DEM (25), PSDB (45), PV (23).
Em Santa Catarina
Quem esteve ao lado do PT: PSD (55), PMDB (15), PDT (12), PCdoB (65).
Quem esteve contra o PT: PSDB (45), PP (11), PSB (40), PPS (23).
Cobrem deles a fatura!
Conexão Capital?
O governador Raimundo Colombo (PSD) pediu votos para a presidente Dilma (PT) em Santa Catarina alegando uma dívida de gratidão. Gratidão pelo Magistério, pela Segurança Pública e pela Saúde.