Oito colégios da cidade são beneficiados com o trabalho dos presos. Com a medida, Gerência Regional de Educação economiza em serviços.
Em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, nove presos do regime semiaberto trabalham para deixar as escolas limpas para a volta às aulas.
Os detentos do Presídio Regional de Araranguá estão trabalhando em oito escolas, na limpeza de salas, corredores e pátios.
“As pessoas passam a ver a gente com um olhar diferente, porque muitos pensam: ‘ficam lá presos, ninguém trabalha, ninguém quer saber de nada’, mas há muitas pessoas lá dentro que querem uma oportunidade na vida”, disse o detento Rudinei Varela.
A iniciativa de colocar os detentos neste trabalho partiu do gerente do presídio. “Acreditamos que mantendo eles ocupados, estaremos mostrando que eles são da sociedade, que o mundo precisa deles. Uma cadeia não é construída com pessoas dentro, elas são da sociedade e para ela precisam voltar, então, precisamos prepará-las para este retorno”, diz o gerente do presídio de Araranguá Adércio José Velter.
Economia de dinheiro público
Sem o trabalho dos presos, as serventes e assistentes da escola teriam que voltar das férias mais cedo. Com isso, a Gerência Regional de Educação deve economizar na parceria.
"A gente tem que se virar como pode, não é só a escola pública que vem sofrendo com a falta de recursos, é geral”, diz a diretora de uma instituição, Sandra Regina de Vargas.
Os presos realizam os trabalhos dentro dos prédios vazios, varrendo, lavando corredores, mas também fora deles. Em algumas escolas, estão roçando e capinando para que o pátio fique limpo para o retorno das crianças.
Com informações do G1 SC