Ao completar uma semana do assassinato de Vinícius Zanetta, de 16 anos, na Praia da Galheta, em Laguna, a jovem envolvida com um dos suspeitos da autoria do crime teme ser a próxima vítima. O adolescente de Tubarão foi morto com vários golpes de faca e facão na cabeça, no abdômen e no pescoço.
“A mãe da jovem que tem um filho de um dos três adolescentes suspeitos de terem matado Vinícius registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Criança, do Adolescente, de Proteção à Mulher e ao Idoso da Cidade Azul – Dpcapmi, com medo de que a próxima a ser assassinada seja a sua filha”, informou o delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal – DIC, Rubem Thomé Filho.
O delegado destacou que, além dos três suspeitos já identificados, que estão desaparecidos, a jovem também não compareceu à delegacia. “Descartamos a participação de outras pessoas neste crime, que consideramos ser passional. A jovem, considerada o pivô, tinha anteriormente um relacionamento com um dos foragidos e se aproximou recentemente de Vinícius”, completa.
O delegado também ressaltou que as investigações continuam, principalmente na localização do trio, que segue procurado na região. Segundo o site Notisul, os adolescentes são naturais da Cidade Azul e não retornaram para suas casas após o crime.
O homicídio
O corpo de Vinícius foi encontrado por volta das 11h30min do dia 4, depois que um boletim de ocorrência foi registrado por um amigo seu, que relatou que ambos foram sequestrados por três rapazes, agredidos e ameaçados de morte, até serem levados à praia. O sobrevivente relatou que os criminosos os encontraram próximo à Catedral de Tubarão, por volta das 19 horas de quarta-feira. Já na Galheta, ele conseguiu fugir após quebrar o vidro do carro e correu até uma residência, onde pediu socorro. Mas o amigo foi levado até a areia e não conseguiu escapar.
A família da vítima
O tio de Vinícius, Samuel Castro, lamenta a morte e a crueldade usada no crime. Ele ressaltou que até o momento a família não tem muitas informações sobre as investigações. “Por enquanto seguimos com nossa dor. Meu sobrinho não tinha envolvimento com drogas ou com traficantes. O que sabemos é que os culpados são jovens, assim como Vinícius, e que no dia do crime, eles o chamaram para conversar sobre o possível envolvimento dele com uma jovem, ex-relacionamento do assassino. Esperamos que este crime fique impune”, finaliza Samuel.