Está sendo velado na tarde desta segunda-feira (08), em Fraiburgo, um dos primeiros engenheiros agrônomos brasileiro que se dedicou a pesquisas para o início do cultivo da maçã em Santa Catarina e no Brasil.
Aos 73 anos, Luiz Jorge Junior faleceu neste domingo (07), em Florianópolis, após complicações resultantes de um acidente de carro em 27 de setembro de 2015.
Seu corpo será velado no Centro de Eventos de Fraiburgo.
O sepultamento está agendado para acontecer às 14 horas dessa terça-feira (9), no Cemitério Memorial Parque, em Fraiburgo.
Quem era Dr.Luiz
O Engenheiro Agrônomo, Dr. Luiz Borges Júnior, era formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com treinamentos técnicos em classificação e armazenagem de frutas, realizados nos Estados Unidos e na Alemanha.
Nasceu em Lages-SC em 30/11/1942. Iniciou a carreira no final dos anos 60, em reflorestamento e no início da década de 70, tornou-se um dos pioneiros e líder do cultivo da maçã no Brasil.
Desde 1975, Dr. Luiz, estava à frente de diversas associações de fruticultura. De 1988 a 2004, foi presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), e desde 1994, era membro da diretoria do Instituto Brasileiro de Frutas e presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação Nacional da Agricultura – CNF/CNA.
Participava, ainda, como membro da Comissão de Assessoria Externa da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas; da Assessoria Externa da Embrapa Uva e Vinho e do Conselho de Produção Integrada de Frutas do Ministério da Agricultura.
Dr. Luiz e a Maçã
Luiz Borges Junior, natural de Lages, foi o primeiro técnico brasileiro a trabalhar com maçã. Ele chegou a Fraiburgo em 1967, inicialmente veio para efetuar a medição de um terreno no qual a família Frey iria implantar um reflorestamento, porém, após esse primeiro contato foi convidado para que permanecesse, onde desempenhou sua atividade de engenheiro junto aos reflorestamentos existentes.
Borges explicou que na época os experimentos com a maçã e também as mais diversas frutas de caroço estava apenas no começo.
Nesse período o governo brasileiro estava interessado em incentivar o cultivo da maçã, e técnicos dos Estados Unidos vieram ao Brasil e realizaram visitas em vários municípios, menos em Fraiburgo e, emitiram um relatório afirmando que não havia clima favorável ao desenvolvimento da Cultura no país.
Pouco tempo depois, um técnico francês veio para o Brasil fazer uma nova análise, além de realizar todas as visitas que os americanos já haviam feito, ele se lembrou que no ano de 1963 havia enviado mudas de macieiras para Fraiburgo.
Com isso, o técnico francês informou ao Governo Brasileiro que queria conhecer o município, e quando chegou, as macieiras estavam carregadas de fruta, comprovando que as condições climáticas da região eram sim favoráveis ao cultivo da maçã.
Colaboração: Juciele M. Baldissarelli/Rádio Vitória AM