Foto: Elvis Palma/DS
A retirada da vegetação rasteira feita pela prefeitura de Laguna ontem na praia do Mar Grosso foi motivo de desentendimentos na Cidade Juliana. Populares se revoltaram com a ação da patrola na areia da praia e o vereador Kleber Roberto Lopes Rosa chegou a ficar no caminho para impedir a passagem da máquina.
A ação, porém, garante a prefeitura, visa a proteger a população e os visitantes da cidade, já que a vegetação provém do desemboque de esgoto na praia. “Sabemos do problema do esgoto irregular, que é fruto de uma fiscalização da prefeitura, inclusive. Essa vegetação nasce em função dos resíduos desse esgoto, e contém bactérias e germes que colocam em risco a saúde dos banhistas”, garante a presidente da Fundação Lagunense de Meio Ambiente – Flama, Aline Triches Savi.
Ela frisa que a ação de remoção da vegetação rasteira promovida pela Secretaria de Obras do município está de acordo com as normas ambientais. “A Flama deu a licença ambiental porque não há nenhuma inconformidade neste trabalho e ele foi definido em reunião que teve inclusive a participação do Ministério Público Federal, como temos registrado em ata”, aponta.
Segundo Aline, a retirada da vegetação seria, inclusive, uma questão de saúde pública. Uma das alegações dos manifestantes que se posicionaram contrariamente à medida foi a de que a patrola estaria prejudicando a fauna – como os caranguejos – e as dunas.
“Não vamos mexer nas dunas. Isso não foi cogitado em nenhum momento e a preservação das dunas será garantida. Em relação aos caranguejos, eles não vivem nessa vegetação, que justamente é nociva para as espécies”, pontua.
Segundo o secretário de Obras, Renato de Oliveira, a ação terá continuidade hoje e a Guarda Municipal tomará parte para garantir que os trabalhos sejam realizados. “Não estamos fazendo algo para prejudicar Laguna e sim para melhorar. Temos autorização, estamos de acordo com a lei e vamos realizar o trabalho”, afirma.
A redação do DS tentou entrar em contato com o vereador Kleber, mas o celular estava desligado. Na Câmara, ninguém atendeu ao telefone.
Com informações do site Diário do Sul