A mãe Karina Costa Cardoso, de 26 anos, levou um susto enorme na tarde desta sexta-feira (8). Por volta das 13h30min, Karina estranhou o silêncio do filho Pedro Costa Cardoso, de um ano e seis meses e foi até a sala, onde a criança brincava, verificar o que estava acontecendo. “Quando eu cheguei na sala ele já estava com a mãozinha no peito, tentando tossir, como ele estava comendo bolachinha, eu achei que ele tinha se engasgado com uma bolacha. Quando eu vi, ele estava arrochando a boquinha já, a primeira coisa que fiz, para não perder tempo, foi ligar para o 190. Eu fiz todo o procedimento que ele me explicou, foi quando ele tava piorando, em vez de melhorar, ele piorava, foi ficando desacordado, todo molinho e de repente, de uma hora para outra, ele tossiu e jogou para fora o enfeitizinho da cordinha, do biquinho dele”, contou a mãe.
Karina estava em casa sozinha com o filho. O marido, Evandro José Cardoso, de 36 anos, é vigilante e trabalha até as 14 horas, a mãe contou que em seguida dois policiais chegaram até a sua casa para acalmá-la. “Logo vieram dois policiais aqui me acalmar, eu fiquei bastante nervosa, eu estava sozinha com ele, meu marido só chega às 2 horas”, assegurou Karina.
O pequeno Pedro passa bem e estava eufórico com a visita dos policiais na tarde desta sexta-feira. “Só desafogou, chorou um pouco e já saiu para brincar”, declarou Karina.
Quem atendeu a mãe de Pedro no telefone foi o agente temporário Jussandro Tafarel, de 21 anos, a quem Karina fez muitos elogios e agradecimentos. “O atendimento dele foi perfeito, se não fosse ele, eu não saberia nem o que fazer, eu fiquei muito nervosa na hora, dependi dele para tudo, a ligação caia ele retornava, depois caia e ele retornava de novo. Não tenho nem explicação para o que ele fez por nós, só por Deus mesmo, se não fosse ele, quem sabe meu filho nem estivesse mais aqui. Só tenho a agradecer”, disse Karina aliviada.
O pai de Pedro também agradeceu Jussandro. “Quando eu cheguei em casa a situação já estava resolvida, mas foi um susto, ela estava com o olho vermelho, nariz inchado de tanto chorar e contou que aconteceu uma coisa terrível. Ela falou que a primeira coisa que fez foi ligar para o 190, pois estava apavorada e não sabia como agir. Por uma benção de Deus, ele atendeu e conseguiu controlar a situação, acalmar ela, para ela fazer o procedimento e meu filho expelir o objeto, foi uma coisa espetacular para nós, graças a Deus”, afirmou Evandro.
Jussandro aprendeu o processo de desobstrução de vias aéreas no curso de formação. “O procedimento a gente aprendeu no Curso de Formação de Agente Temporário do 19º Batalhão por um instrutor dos bombeiros e a gente aprendeu, além desta técnica, outras de salvamento de emergência”, revelou o agente temporário. Apesar da experiência de quase dois anos na função, este foi o primeiro salvamento por telefone de Jussandro. “Eu me sinto muito bem com o sucesso do salvamento, tenho um irmão de três anos e vivencio esta situação da criança colocar objetos na boca, graças a Deus deu tudo certo”, falou o agente temporário.
O sargento Lúcio revelou que este tipo de ocorrência é comum no Copom. “O agente Jussandro soube dar as orientações precisas para ajudar a vítima deste engasgamento”, ponderou o sargento.
Pedro recebeu em sua casa, no bairro Divinéia, a visita do agente Jussandro na tarde de sexta-feira, acompanhado do sargento Lúcio, cabo David, cabo Oliveira e da soldado Gislaine e brincou feliz com os policiais.
Com informações do Grupo Correio do Sul
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