Mais de três meses se passaram após o acidente de motocicleta ocorrido com o casal de empresários de Tubarão, Jayme Beltrame Filho e Viviane Cascaes Medeiros Beltrame. Eles estão em casa em recuperação. No início de setembro, os dois viajavam junto com outros casais, quando colidiram com um carro em uma rodovia no Rio Grande do Sul.
“Nós ainda não conseguimos andar. Eu me movimento em uma cadeira de rodas e a Viviane inicia ao poucos, alguns passos, com o auxílio de muletas. Tudo ainda é muito lento, por enquanto é cama e cadeira, mas tenho certeza que, em cerca de seis meses, retomaremos a rotina normalmente”, informa Jayme. Ele já fez dez cirurgias, a última no início deste mês na clínica em Passo Fundo, no estado gaúcho, onde o casal ficou mais de dois meses internado.
“Realizei novamente uma operação no cotovelo para a troca das placas no braço, que levou 28 pontos. Na perna esquerda tive perda de dez centímetros de osso, que deve ser corrigida após todos os procedimentos, além da pancada na bacia. A Viviane está melhor. No acidente, ela quebrou o fêmur esquerdo, a clavícula esquerda e três costelas do lado direito”, relata o empresário.
Para o casal, o que ficou marcado não foram os ferimentos e os pontos ainda visíveis em seus corpos. Foi o repensar na vida que, desde então, tem outro sentido. “Passei a ver a realidade com outros olhos. Principalmente ao perceber o quanto é difícil a locomoção para os cadeirantes. Falta acessibilidade em todos os lugares. Percebi também que a felicidade é tão simples”, reconhece Jayme.
Equipamentos de segurança
O casal estava em uma motocicleta Suzuki, quando colidiu com um Fiat Strada, de Itacurubi, que seguia no sentido contrário da estrada. A batida ocorreu na BR-285, na localidade da linha Maraney, próximo ao Museu Militar da região. No resgate foram necessárias duas equipes para socorrê-los. “O que nos salvou primeiramente foi Deus, em seguida os socorristas e também nosso equipamento de segurança. Sempre viajamos de motocicleta e nunca me importei em gastar com material de proteção de primeira qualidade. No dia do acidente, estávamos com todo o equipamento adequado, como luvas, capacetes, botas e jaquetas, além de pilotar um veículo sempre revisado. Quem quer viajar precisa investir em bons equipamentos”, orienta Jayme.
Com informações do Jornal Notisul