Segurança

Onde está Silvana?

Ao completar amanhã um ano da morte da menina, o caso está encerrado criminalmente, mas as buscas continuam para encontrar a mãe - acusada pelo crime -, que está desaparecida.

 Foto: Divulgação/Notisul

Foto: Divulgação/Notisul

Uma pergunta muito feita neste ano e que continua sem resposta: onde está Silvana Seidler, de 49 anos? Ela foi indiciada pelo homicídio da filha Carol Seidler Galegari, 7 anos, morta no dia 22 de dezembro de 2014, em Tubarão.

Durante este ano, a Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC), buscou informações sobre o paradeiro de Silvana. Um trabalho que iniciou após a descoberta do corpo da menina e do desaparecimento de sua mãe, vista pela última vez em frente à Delegacia da Criança, do Adolescente, e de Proteção à Mulher e ao Idoso (Dpcapmi).

No dia do crime, por volta das 21h40min, além do pai de Carol, Gilson Botega Calegari, e Silvana, um tio e dois amigos da família também foram juntos registrar um boletim de ocorrência na delegacia para comunicar o suposto desaparecimento da menina. “A mãe, a princípio, procurava pela filha, pois não sabia onde estava a criança. Naquele momento não havia desconfiança alguma ou suspeita de que ela tinha feito algo contra a própria filha. Eu e uma colega registramos a ocorrência e, enquanto isto, Silvana, que estava na parte externa da delegacia, saiu e não retornou mais”, relata a policial civil Elizabeth Valgas Gonçalves.

A policial também lembra que cerca de uma hora após o registro do desaparecimento, uma viatura da Polícia Civil foi à residência de Carol para uma nova procura. No local, o avô materno também compareceu. “Nas primeiras buscas realizadas, todos os cômodos da casa e arredores foram revistados, até um quartinho mais afastado, que estava trancado e não havia chave. Foi então, que comecei a entender a questão envolvendo o sumiço da mãe, até então tratada como vítima”, finaliza a policial.

O inquérito e o indiciamento

Desde o dia 20 de março deste ano, o inquérito policial instaurado para apurar o homicídio da menina está com o judiciário da Cidade Azul. Silvana foi indiciada pelos crimes de homicídio qualificado, praticado mediante asfixia por esganadura, meio cruel e ocultação de cadáver. “Infelizmente, não podemos passar qualquer informação sobre este processo, que tramita em segredo de justiça”, declara o promotor da 9ª Promotoria de Justiça de Tubarão, Caio César Lopes Peiter.

O crime

Após as desconfianças do comportamento e da saída da mãe, alguns policiais foram para a residência de Silvana à procura da menina. Carol Seidler Calegari, 7 anos, foi encontrada morta por volta das 23 horas, dentro de uma caixa de papelão, coberta com várias roupas, com sinal de esganadura por asfixia, em um cômodo fechado onde morava com a mãe. No lugar não dormia ninguém e havia muitos objetos e roupas espalhados pelo chão. Antes de chamar o Instituto Médico Legal (IML), um dos policiais civis acionou o Serviço Móvel de Urgência (Samu).

Procurada

As investigações correm em segredo de justiça, mas a acusada é procurada pela justiça brasileira e consta na lista da Organização Internacional de Policia Criminal (Interpol), instituição internacional que auxilia inúmeros países em cooperações policiais. Na página da organização na internet, Silvana aparece como procurada e suspeita de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Com informações do Jornal Notisul