O presidente da Câmara de Vereadores de Orleans, vereador Mário Coan (PSDB), manifestou, na sessão ordinária de segunda-feira (14), sua preocupação com as finanças da Prefeitura de Orleans. Conforme o vereador, contas assumidas estão sendo pagas com atraso. “Isso é crime, é descumprir o equilíbrio fiscal, é gastar mais do que se arrecada”, declarou ele. Outra preocupação de Mário é com o próximo ano. “O próximo ano já começa errado, ficará a serviço deste ano, do que ainda não foi pago e que será quitado, irregularmente, no ano que vem”.
Para ele, o planejamento e racionalização dos recursos públicos é uma obrigação da administração pública. “Deve haver uma contratação dentro dos limites de arrecadação para que no fim do ano não fique muitas entidades ou empresas sem receber recursos. O convênio feito entre o Unibave e a Prefeitura na contratação de mais de 70 bolsas a universitários não foi pago. Esse valor, somando 2013, 2014 e o contrato atual de 2015, dá mais de R$ 232 mil. Fora o que escutamos de transporte escolar e de fornecedora que são mais de três meses… E aí a gente pergunta: por que contrataram despesas sem garantir o pagamento?”
Mário afirma ainda que a fiscalização é uma função dos legisladores. “Temos obrigação de cobrar o motivo de o convênio ter sido executado e não ter sido pago. Se a previsão de receita foi feita muito além da capacidade de arrecadação do município, isso é falta de capacidade”, afirmou. Na oportunidade para se manifestar acerca dos assuntos que foram mencionados e que lhes dizia respeito, o líder do governo na Casa, vereador Valter Orbem (PSD), não se manifestou sobre o pronunciamento feito por Mário Coan.
O vereador Osvaldo Cruzetta (PP), o Vá, também falou a respeito. “Sobre os valores gastos pelo município e não pagos, a partir de janeiro, nós iremos pedir todas as informações necessárias, pois isso é o que cabe a esta Casa, é de competência e responsabilidade dos vereadores saber o que será pago em janeiro e fevereiro, se são contas do exercício anterior. Jamais iremos admitir que no ano que vem se tenha um gasto absurdo, astronômico, de contas que foram executadas no ano anterior, descumprindo com o orçamento e com o planejamento”, adiantou ele.