Nenhum posto de saúde abrirá as portas. Apenas alguns motoristas vão transportar os pacientes que necessitam realizar hemodiálise ou quimioterapia.
Mais um dia sem atendimento na área de saúde municipal de Braço do Norte. Sem acordo com o prefeito Evanísio Uliano, o Vânio, os 200 servidores paralisam os trabalhos hoje. Em menos de uma semana, é a segunda vez que realizam o protesto contra os baixos salários.
Nenhum posto de saúde abrirá as portas. Apenas alguns motoristas vão transportar os pacientes que necessitam realizar hemodiálise ou quimioterapia. Serão transportados também aqueles que possuem consultas marcadas há alguns meses.
Uma assembleia entre os servidores também será realizada hoje. “O prefeito vai receber um comunicado avisando sobre a greve caso não apresente outra proposta”, avisa o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Wilson Althoff.
Na reunião no fim da tarde de ontem, em que estiveram presentes a comissão do sindicato, o secretário de administração, de finanças e da saúde da prefeitura e o prefeito, foi garantido aos servidores R$ 25 mil (para dividir entre toda a categoria). “Até maio, pretendo aumentar o dissídio, no mínimo o INPC”, garante Vânio.
Mas, além dos R$ 25 mil, os servidores pedem um plano de carreira específico. “Caso não haja resposta, entraremos em greve”, reforça Wilson. O prefeito tem como meta pôr em prática um plano de carreira até o fim do ano para todos os servidores da prefeitura. “Não vou realizar um específico, já temos uma empresa que fará o plano geral”, explica o prefeito.
Problema é antigo
Os servidores da saúde de Braço do Norte reivindicam melhores salários. Na última quinta-feira, um protesto marcou a insatisfação dos funcionários. Eles afirmam que recebem os menores salários do Vale.
O prefeito Evanísio Uliano, o Vânio, não é contra a paralisação dos servidores. “É um direito deles e vou respeitar”, garante. E, para os baixos salários, Vânio justifica: “Eu acho que a saúde ganha muito mal, mas não tenho condições de pagar melhor agora”.
De acordo com Vânio, este problema já é antigo. “Isso já vem de outras administrações”, explica ele, e acrescenta que não houve aumentos neste período. “Nos últimos três anos, já dei um aumento de 19% para estes servidores”, garante.
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