Preocupação, tensão e medo, esses sentimentos tomaram conta dos moradores da Travessa Antônio Prudêncio, na Vila Moema, em Tubarão, nessa terça-feira (24), quando a laje do último andar de um edifício em construção desabou por volta das 22h30min. Partes da estrutura de concreto danificaram carros, casas e romperam a fiação da iluminação pública e muitos destroços caíram em cima de uma residência ao lado.
Após o desabamento, os moradores dos dois prédios próximos foram retirados de suas residências e aconselhados a passar a noite em outro local. Ontem, o secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Marques, e o engenheiro responsável pela edificação, Jailson Colombi vistoriaram o local. Colombi garantiu que a estrutura da obra não teve comprometimento, portanto não há riscos de novos incidentes.
De acordo com o secretário, como não há perigo de desabamento os moradores voltaram para os seus lares no fim do dia. “A empresa iniciou os trabalhos de limpeza da área, recuperação da estrutura e como não há riscos os moradores puderam retornar as suas casas. Os serviços de reparação poderão levar alguns dias até que tudo volte a normalidade”, garante Rafael.
A circulação pela Travessa Antônio Manoel Prudêncio continuará suspensa e a rua ao lado Francisco Regis teve a liberação para o tráfego de veículos e pedestres. “Apenas quatro moradores não puderam voltar para as suas casas dois deles residem ao lado do prédio em uma construção de alvenaria que foi danificada e os demais em uma casa nos fundos que por medida de segurança ainda não poderão retornar”, esclarece o secretário.
Clinica médica irá ressarcir os eventuais prejuízos
O prédio em construção pertence à Clínica Pró-Vida, que há mais de 24 anos desempenha as suas funções em Tubarão. O diretor administrativo da unidade de saúde, Fábio Vandresen, afirmou que assim que os responsáveis pelo prédio souberam do ocorrido, procuraram interditar o local e desta forma garantir a integridade dos moradores e daqueles que circulam pela Travessa Antônio Manoel Prudêncio. “Acionamos o engenheiro, Jailson Colombi e estamos mais tranquilos por não ter ocorrido algo mais grave. Pedimos sinceras desculpas pelo episódio e afirmamos que todos os danos causados serão ressarcidos. Como a estrutura não foi comprometida o planejamento seguirá normalmente”, destaca. O prédio possui oito andares e a laje que veio ao chão era da parte superior do edifício, no qual havia sido colocada no fim da tarde desta terça-feira. Chovia muito quando ocorreu o desabamento e o material que sustentava a parte do concreto não conseguiu sustentar o peso e foi ao chão. “Queremos dar celeridade em nossas ações, mas infelizmente essas coisas demoram. O veículo de um morador próximo a construção já está na mecânica e em breve pretendemos sanar todos os prejuízos”, explica.
Vizinhanças viveram momentos de tensão
A moradora de um prédio atrás da construção, Sônia Rocha lembra o ocorrido e conta que todos entraram em pânico com o barulho estrondoso. “Parecia um terremoto. Eu lembrava daquelas cenas de filmes de fim do mundo. Escutamos o barulho, faltou energia e logo em seguida pediram para sairmos do prédio. Na hora pensei que não iria ver mais ninguém. Todos ficamos apavorados e com muito medo”, observa.
Aproximadamente 30 pessoas precisaram deixar as suas moradias, os estragos foram consideráveis, porém ninguém ficou ferido. Após o acidente os bombeiros monitoraram o local durante toda a madrugada de ontem. A vizinha de frente da edificação, Ruth Menezes afirmou que nunca viu nada parecido. Ela que estava assistindo televisão foi surpreendida com o estouro. “Era uma mistura de trovão, relâmpago, estilhaço e granizo, pensei que minha casa viria abaixo com a força”, afirma.
Estragos
Carros que estavam na rua e nas garagens próximas à construção ficaram danificados. Com a queda da laje e das madeiras, a energia elétrica foi rompida. Os moradores próximos a edificação ficaram sem luz e precisaram pernoitar na casa de amigos e parentes.
Segurança do local
Com a garantia que tudo voltaria a normalidade e que não havia mais riscos de desabamento, a empresa GIPV Construção LTDA por meio do engenheiro Jailson Colombi, responsável pela edificação garantiu a segurança do local. Cavaletes foram colocados para impedir a circulação de veículos e pessoas. Seguranças da empresa ficarão próximos ao prédio.
Com informações do Jornal Notisul