Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, dia 11, na sede da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, o delegado Jorge Giraldi revelou detalhes sobre a morte brutal da agricultora Gisele Monteiro Bauer, de 26 anos, assassinada com nove tiros pelo então marido na noite de 27 de maio na localidade de Sanga da Toca. Daniel Tomazi Bauer, de 30 anos, foi preso na tarde de ontem (10) pelos agentes da DIC por força de mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. Segundo a autoridade policial, o crime é considerado como sendo patrimonial, motivado por questões financeiras, já que o acusado queria ficar com os bens da vítima e um seguro.
"Foi o crime mais complexo dos últimos anos na região. Ele criou toda uma situação de latrocínio e mobilizou a polícia pra ser livrar de uma possível identificação. Disse que estava no forro da residência no momento do crime. Naquela noite estava chovendo e ninguém em sã consciência conserta a rede elétrica com chuva. Gisele foi alvejada ainda dentro de casa, tentou fugir, uma vizinha chegou a ouvir gritos de socorro, mas ele mesmo assim efetuou mais oito disparos pelas costas, e ela acabou morrendo no pátio da residência", relatou a autoridade policial.
Em relação a convivência do casal, Giraldi disse que a relação não era mais pacífica e que ele tinha se envolvido com uma garota de programa, mas que continuava a relação. "Fazia questão de mostrar a todos a falsa sensação de que o relacionamento estava bem. É um psicopata. Ele nega qualquer envolvimento com o crime e insiste em afirmar a ocorrência de latrocínio. A versão começou a desmoronar quando os agentes buscaram novas informações, através de provas testemunhais, pericias, inclusive com uso do reagente Luminol", diz Giraldi. O acusado informou na época aos policiais, que três criminosos armados entraram na residência, alvejaram Gisele e em seguida roubaram R$ 35 mil.
O crime chocou toda região e mobilizou até uma passeata pedindo por Justiça no caso e segurança. O inquérito policial deve ser encaminhado nos próximos dias ao Ministério Público, que irá oferecer denúncia à Justiça, dando início ao processo e transformando o acusado em réu. O caso deverá ser julgado no Tribunal do Júri e Daniel pode ser condenado a mais de 20 anos de prisão. Ele segue detido na sede da DIC aguardando transferência pra alguma unidade prisional, devido a interdição do Presídio Regional de Araranguá.
Com informações de Talise Freitas/Rádio Eldorado