Com o intuito de oferecer aproximação com a sociedade, falar sobre os trabalhos realizados e as finalidades da Associação de Surdos de Criciúma, é que a presidente da entidade, Silvia Vitali, esteve na Casa na noite de ontem (10). A sua vinda foi por solicitação do vereador Salesio Lima (PSD), e aprovada por unanimidade.
“As Associações de Surdos funcionam como um ponto de encontro esportivo dos surdos e também como divulgadoras da língua de sinais e procuram ser identificadoras da capacidade do surdo como cidadão, promovendo encontros entre surdos e ouvintes além de contribuir ajudando familiares a encaminhar da melhor forma seus filhos”, comentou o vereador.
“A entidade de Criciúma tem a preocupação com o desenvolvimento de todos os surdos associados, percebemos o quanto é importante para o cidadão surdo ter um ponto de encontro onde sua língua e cultura são respeitadas e valorizadas”, acrescentou o edil.
Intérprete
Para auxiliar na linguagem, a intérprete de libras do Legislativo, Alini Mariot, fez a tradução da presidente da Associação. “Queremos agradecer a Câmara por podermos participar e mostrar um pouco da Associação. Hoje temos 56 surdos cadastrados. Ficamos numa escola emprestada pela Prefeitura, mas precisamos de um local adequado”, comentou ela.
Silvia ainda falou das atividades que eles participam, como jogos variados e em diversos lugares do Estado. “A Associação faz interação, ensina o surdo a conquistar seus direitos, fizemos seminários, entre outras atividades. Nós temos direitos a intérprete e passamos para os surdos os seus direitos”, acrescentou.
Ela ainda ressaltou que as reuniões ocorrem uma vez ao mês. “Todos os sábados treinamos vôlei, futebol. As famílias dos surdos também estão sempre participando. Temos uma interação legal, mas estamos preocupados com a comunicação em libras, pois muita gente não nos entende”, lamentou.
Sala própria
A presidente da Associação Silvia Vitali destacou ainda a importância de a Associação ter seu local próprio para as atividades. “Precisaríamos muito de sala para curso de libras. Acessibilidade é um direito de todos. Sabemos que precisa melhorar porque ainda encontramos muitas dificuldades. É difícil chegar ao banco, loja, rodoviária, pois muitos não entendem a gente. Claro que tem as tecnologias que nos ajudam”, enfatizou. Ela ainda deu exemplos que podem auxiliar os surdos. “As luzes servem como campainha. Na escola, durante o intervalo, deveria ser acionado por meio de luz. A TV deveria ter intérprete”, sugeriu.
O vereador Pastor Jevis (PDT) salientou que vai levar o projeto para o prefeito Márcio Búrigo. “No camelódromo temos muitas salas fechadas, e fica uma sugestão”, emendou o vereador Edson Aurélio (PSDB). “Sabemos ainda que há dificuldades quando a sociedade como um todo não está preparada para recebê-los”, comentou a vereadora Tati Teixeira (PSD). “A partir de hoje cada vereador era um olhar diferente. O parlamento de Criciúma será um aliado na luta de vocês”, disse o vereador Julio Colombo (PP). As integrantes da Associação Alessandra de Souza e Bianca Nogueira, também participaram.
Colaboração: Daniela Savi