O El Niño deve ter uma influência menor durante o verão catarinense do que a registrada nesta primavera. De acordo com os meteorologistas, o fenômeno deve diminuir de intensidade gradativamente nos próximos meses. A temperatura tende a ser acima do normal no início da próxima estação.
O assunto foi tema de debate durante o Fórum Climático Catarinense nesta semana, que reuniu meteorologistas de todo o estado para elaborar a previsão climática para o próximo trimestre. Apesar das chuvas das últimas semanas, os efeitos do El Niño ainda não determinam as condições climáticas de Santa Catarina.
O professor alemão e especialista em aquecimento global, Donat-Peter Häder, palestrante do evento, afirmou que os efeitos do fenômeno serão sentidos a partir de novembro em todo o mundo. Para a região sul do Brasil, são esperadas chuvas acima da média. Na última vez em que o fenômeno esteve tão forte, registrou-se um aumento de oito metros no nível do Rio Paraná. O El Niño também deixa as temperaturas médias mais altas no país.
Conforme o site Notisul, este ano será o mais quente da história. “Quando olhamos para o futuro, tudo depende do que estamos fazendo”, alertou o pesquisador. “Se não fizermos nada, continuarmos o que estamos fazendo, acabaremos com um acréscimo de 6°C na temperatura global em uma comparação entre hoje e a última era glacial”.