Clima

Santa Catarina é o único Estado que monitora furacões

A Defesa Civil é a responsável em emitir alertas à população em casos de emergência

O furacão Sandy, que passou pelos Estados Unidos no mês de outubro, deu início à discussão sobre se Santa Catarina é protegido com equipamentos suficientes para alertar a população quando se têm problemas com a natureza.

Segundo o doutor em climatologia Márcio Sônego, da Epagri de Urussanga, o Estado é o único protegido com equipamentos de prevenção. “O nosso Estado é um dos mais equipados. Temos estações do clima no morro de Bom Jardim da Serra, e no morro da Igreja em Urubici temos radar”, destacou o climatologista em entrevista ao Portal Satc.

Santa Catarina têm problemas com catástrofes naturais. Em 2004 ocorreu o primeiro furacão na região litorânea, o Catarina. Há ainda registro de tornados na região de Criciúma e Forquilhinha. “Em 2008 teve aquelas chuvas recorrentes em Luiz Alves, Ilhota e Blumenau. A partir daquele momento, tivemos que ter aparelhos que pudessem nos ajudar”, explica.

Segundo Sônego, o furacão é motivado através da temperatura do mar. “A temperatura que, durante três meses, ficar entre 26°C poderá se tornar um furacão. Ele acontece nas áreas oceânicas com movimentos na atmosfera”, diz.

O ciclone acontece mais nas áreas do Caribe e no norte da Austrália. “Os ventos do furacão podem atingir entre 118 a 250 quilômetros por hora. O furacão Catarina registrou 149 quilômetros. Ele pode estar com ventos constantes, chuva e trovoadas e granizo”, informa Sônego.

Prevenção e alerta, como funciona?

O órgão responsável pela prevenção de risco à sociedade é a Defesa Civil (DC). De acordo com a coordenadora municipal de proteção e defesa civil, Angela Mello, a prevenção realizada é feita com auxilio de equipamentos de previsão do tempo, como a Ciram/Epagri.

O município não estaria preparado para uma catástrofe como o furacão Sandy devido ao grau de intensidade dos ventos e, porque a região não sofre tais tipos de desastres naturais. No entanto, segundo ela, o Estado é um dos mais preparados para enfrentar ciclones e enchentes devido às outras experiências. “Quando vai acontecer algo, nós já sabemos os pontos possíveis de alagamentos e outros danos”, diz. “Aqui em Criciúma os pontos mais críticos são o Bairro Paraíso, Boa Vista, e Vila Francesa”, aponta.

Com este monitoramento, segundo a coordenadora, é possível acompanhar a evolução de tempestades de uma maneira clara para prevenir e alertar a população a sair das áreas de atuação e risco.

“Quando aconteceu o furacão Catarina, por exemplo, nós orientamos a população a sair da região litorânea, pois, seria a área mais atingida. Não podemos comparar o Catarina com o Sandy, mas nós tentamos prevenir o máximo possível”, explica Angela.