O expediente na prefeitura de Laguna será modificado. A mudança foi proposta pelo prefeito Everaldo dos Santos em um pacote de contenção de gastos, discutido com o secretariado na segunda-feira da semana passada (21).
Conforme decreto publicado no Diário Oficial dos Municípios de Santa Catarina na última sexta-feira (25), o horário de funcionamento e de expediente do gabinete do prefeito, secretarias, órgãos, fundações e demais estruturas administrativas públicas municipais será das 7 às 13 horas, de segunda a sexta feira a partir do próximo dia 19. A medida não afeta os serviços essenciais, como os postos de saúde, coleta de lixo e Guarda Municipal.
A previsão é que este novo horário possa render uma economia de energia entre 25 a 30%, principalmente com menos utilização de climatizadores. A proposta inicial é que este expediente perdure até o fim da temporada de verão: entre fevereiro e março. “Vamos economizar de todas as formas, já que houve grande redução de repasses de fundos da União para os municípios. A dificuldade financeira imposta neste ano não é exclusividade de Laguna”, relaciona Everaldo.
No encontro com representantes do primeiro escalão da prefeitura na semana passada, o chefe do executivo lagunense tomou atitudes em conjunto que possibilitem a economia de até 50% até o fim deste ano. Desde a semana passada, Laguna passou a ter somente três dos sete carros locados pela prefeitura, inclusive o veículo utilizado pelo prefeito foi devolvido. Além disso, todas as gratificações foram cortadas e o número de servidores comissionados (cargos de confiança) foi reduzido.
Também ficou definido cortes de secretarias: oito em vez de 12. No encontro também ficou acordada a redução de 12 secretários adjuntos para seis. Outro fator preponderante para enxugar os gastos foi a saída imediata de alguns imóveis alugados. “Devemos concluir um projeto de lei complementar do executivo nesta semana para encaminharmos à Câmara de Vereadores”, informa procurador-geral da prefeitura, Leandro Schiefler Bento.
A Reforma Administrativa na Cidade Juliana acompanha a tendência de contenção de centenas de prefeituras do país neste ano. O governo de Santa Catarina também passa por dificuldades financeiras e já tomou uma série de decisões para frear os gastos.
Corte de ministérios e despesas administrativas
Na União, onde a crise iniciou, a presidente Dilma Rousseff cortou benefícios do primeiro escalão e adiou inúmeros projetos em vários estados. O governo anunciou ainda uma redução de R$ 2 bilhões em despesas discricionárias com DAS (cargos comissionados) e gastos administrativos.
Dentro desta redução, o governo prevê a economia de R$ 200 milhões com corte de ministérios e cargos de confiança, e outros R$ 200 milhões em gastos com servidores (diárias, passagens, auxílio-moradia e telefone). Outros R$ 1,6 bilhão estão previstos em renegociação de contratos, como aluguel, manutenção, segurança e veículos.
Colaboração: Rafael Andrade / Comunicação Prefeitura de Laguna