Vivemos no país dos paradoxos, pois diariamente convivemos com situações inusitadas em todas as áreas: povo revoltado, agricultores no prejuízo, professores sem condições de trabalhar, hospitais fechando, remédios em falta, empresas falindo, desemprego aumentando, bandidos nas ruas, ladrões de colarinho branco impunes, farra com o dinheiro público, enfim situações paradoxais num país que tem tudo para ser o melhor do mundo, mas aos poucos parece perder o encanto pela incerteza que aqui se vive.
O Brasil atravessa um momento de grande crise oriunda da incompetência e roubalheira de nossos governantes, mas agora prefiro refletir sobre a questão “segurança”. Seria repetitivo falar sobre o caos que se abate sobre o cidadão brasileiro, hoje inseguro em todos os sentidos: refém do bandido devido à frouxidão das leis; refém da crise econômica, pois vive o pânico do desemprego; refém de boa saúde, educação de qualidade, mas acima de tudo está órfão de representantes que defendam seus direitos.
Enquanto tudo isso acontece nossa PRESIDENTE faz suas atividades físicas tranquilamente, porque trabalhamos muito para isso. Quero deixar claro que não tenho nada contra, afinal fazer exercício físico é o grande segredo para a longevidade. Todos queremos viver bem e com saúde, por isso caminhamos, corremos, pedalamos. Para muitos a ginástica hoje praticada tem outro sentido: corre-se atrás de trabalho, de melhores condições de vida, de uma vida mais segura, corre-se do bandido, enfim nosso cotidiano é feito de correria. Bem diferente das pedaladas da presidente. Por quê? Porque os custos vão muito além do que imaginamos e do deveriam ser. Para que Dona Dilma faça pedalada de sessenta minutos diários é utilizada a seguinte estrutura: cinco carros oficiais mais três seguranças (de bicicletas) que acompanham a “poderosa” para garantir que nada de mal lhe aconteça. São oito homens… Qual será a despesa com esses funcionários? Pouco não é, pois no Planalto ninguém recebe salários miseráveis, ainda mais para velar pela segurança da autoridade máxima. Por mim deixaria correr o risco de sair sozinha para sentir na pele o que sente todo dia o cidadão comum. É vergonhoso!
Fala-se em contenção de gastos para tirar o país do buraco, mas precisa começar por quem o desestabilizou devido a incompetência, ganância e inoperância governamental. É preciso pedalar muito agora dona Dilma, mas a bicicleta é outra. Agora é preciso usar a mente, o bom senso, o respeito, a garra, deixando de ser “vaquinha de presépio” e tomar as rédeas do país usando a inteligência que tem, se é que tem, apoiada por uma equipe comprometida que dê sustentação à tomada de grandes decisões. Quem não sabe fazer não assuma, pois reconhecer os próprios erros é virtude de poucos, porque requer humildade, e isso falta na maioria dos políticos. Vale aqui um lembrete: nunca gaste o que não tem para depois não ter de colocar o ônus na conta de quem não deve. Como diz um provérbio popular: “quem não pode com a mandinga, não carrega o patuá”.