Integrante do Primeiro Grupo Catarinense foi visto rondando casa do responsável pelo Santa Augusta
O gerente do complexo que abriga a maior quantidade de presos da Região Sul, em torno de 800 reclusos, está em alerta, tomando medidas de segurança e apoio da polícia e agentes penitenciários.
Responsável pelo Presídio Santa Augusta, em Criciúma, Jovino Zanelato vem sendo alvo constante de ameaças. Um homem, membro do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), foi visto rondando a casa dele na cidade. As forças de segurança redobram atenção e cuidados para possíveis ataques.
Conforme matéria do Clicatribuna, aa tarde de 1º de abril, a casa dele foi alvo de quatro tiros. Ninguém se feriu. O caso, na época, foi investigado pela Polícia Civil como ataque do PGC.
Dias antes, o portão da unidade prisional foi atingido com uma bala. Discreto, e não querendo se aprofundar no assunto, Zanelato diz que está confiante e mantendo contato constante com os órgãos de segurança.
Medidas de segurança
"Soube das ameaças de forma indireta e estou tomando todas as medidas de segurança. Faz parte do nosso trabalho e este é um momento delicado no sistema prisional. Estou confiante que nada vai acontecer. Não tenho inimigos nem dentro nem fora da cadeia", diz o gerente.
Desde a morte da agente penitenciária Deise Fernanda de Melo Pereira Alves, 30 anos, que já trabalhou no Santa Augusta e era mulher do ex-gerente que antecedeu Zanelato e atual gerente da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, em Florianópolis, Carlos Antônio Alves, os órgãos de segurança estão em alerta.
Dois policiais civis foram baleados, um deles morreu, e também um militar foi alvo de tiros nos últimos dias, na Capital.
Agente teve casa incendiada
Outra coincidência chama atenção da categoria. Na noite de 25 de ou-tubro, a casa de um agente do Santa Augusta foi incendiada no Bairro Brasília. Segundo o Corpo de Bombeiros, o local, de dois andares, no qual ele ainda não morava, foi totalmente destruído. Na parte de baixo, usuários aproveitavam a construção inacabada para usar drogas.
Membro de facção é foragido da Capital
A matéria principal da editoria de Segurança do jornal A Tribuna de 27 de março divulgava a presença do membro do PGC, o mesmo que estaria rondando e por trás das ameaças ao gerente do Santa Augusta, em Criciúma.
Considerado de alta periculosidade, L.R.S., 27 anos, é foragido da Penitenciária de Florianópolis desde 26 de junho do ano passado, onde cumpria pena por tráfico de drogas. Ele foi um dos 78 detentos que se evadiram da unidade da Capital, em uma das maiores fugas do estado.
Para conseguir a liberdade, ele rendeu um vigilante do complexo e ainda roubou uma espingarda calibre 12 do servidor.
Na época, segundo a Polícia Militar, ele estava sendo visto na região da Cidade Mineira, onde morava. L. também já cumpriu pena por assaltos pra-ticados em pequenos estabelecimentos em Criciúma.
O foragido é conhecido por ameaçar servidores da Segurança Pública e do sistema prisional e é membro do PGC. Nesta semana, ele foi avistado no Bairro Paraíso, em uma moto.
Houve perseguição, tiros para intimidar a PM, mas ele conseguiu fugir.