O principal suspeito de cometer o crime é o ex-companheiro da vítima
Foto: Renan Medeiros/Clicatribuna
Um crime passional interrompeu a vida da jovem Miriele De Melo Emenegildo, de 19 anos. O 45º homicídio deste ano em Criciúma foi registrado por volta das 20h dessa sexta-feira, no Bairro Boa Vista.
Antes da necropsia, que não havia encerrado até a meia-noite, o IML contabilizou quatro marcas de disparo de arma de fogo na região do tórax e pescoço.
O principal suspeito da brutalidade é o ex-companheiro da vítima. A garota foi levada por familiares ao Posto de Saúde 24 Horas do Boa Vista, sem os sinais vitais.
Criciúma estava há 13 dias sem registro de assassinatos. Miriele trabalhava em uma loja de roupas no Bairro Santa Bárbara e tinha pedido demissão há poucos dias.
Homem tem passagens criminais
Segundo familiares da vítima, o homem é ex-presidiário e estava separado da garota há cerca de cinco meses. Ela já vinha sofrendo ameaças dele, que não se conformava com a separação. C. já cumpriu pena por crime cometido contra ex-companheiras e ameaçava de morte todas elas. Miriele tinha um menino de dois anos, filho do acusado.
O crime tem sinais de ter sido premeditado. Após o assassinato, C. foi visto saindo com o filho no colo. Polícias Civil e Militar empenharam buscas, porém, até o final da noite de ontem, ele não havia sido detido. Horas depois da execução, familiares prestaram depoimento na delegacia. O pai da vítima, inconformado, disse que sempre pedia para a filha se afastar do ex-companheiro.
População pede câmera
A população da localidade se mostrava espantada com o homicídio. "Fizemos diversas reuniões com a Polícia Militar. Há muitas crianças aqui no bairro. Sabemos da falta de efetivo, por isso viemos há tempos solicitando pelo menos uma câmera de segurança", relatou ao site Clicatribuna, o presidente do Boa Vista, Amaral Bittencourt.
Este é o segundo caso de homicídio deste ano onde vítimas são ex-companheiras assassinadas por autores inconformados com a separação. Na noite de 6 de setembro, Alessandra Cristina Rocha Felicidade, 30 anos, foi assassinada com 28 facadas. O principal suspeito é o ex, C.S.F., 30 anos, que trabalhava como vigilante no Presídio Santa Augusta.
Conforme matéria publicada pelo jornal A Tribuna, na edição de 13 de junho, Criciúma é a terceira colocada no ranking de homicídios em Santa Catarina e ainda segue na colocação negativa, ficando atrás de Joinville e Florianópolis, cidades com mais que o dobro populacional.
