Por uma crise de ciúmes, um homem de 52 anos confessou ter matado a companheira a pauladas sobre a própria cama na casa onde os dois viviam em Paraíso, no Oeste catarinense. O crime aconteceu entre a madrugada e a manhã de quinta-feira (10). Segundo a Polícia Civil, o agressor fugiu, mas foi preso na madrugada desta sexta (11). Ele alegou ter agido sob forte emoção, após descobrir que era traído.
A vítima, de 37 anos, foi encontrada sobre a cama do casal, por volta das 9h de quinta. "Ele [o suspeito] confirma que teve um surto de ciúmes e raiva e acabou batendo nela com um pedaço de madeira e deu vários golpes na cabeça", explica Neife Luiz Werlang, agente da Polícia Civil responsável pelo inquérito.
Conforme Werlang, a mulher ainda estava viva quando a Polícia Militar chegou, mas morreu em seguida. "Ela estava em cima da cama e completamente nua", explica.
Mesma agressão 2 anos atrás
O policial civil ressalta que a cena encontrada é praticamente a mesma vista pela polícia dois anos atrás no mesmo local. "Ele a espancou sobre a cama. Nós a encontramos toda ensanguentada, com traumatismo craniano, o maxilar quebrado. Ela ficou vários meses no hospital", diz.
O homem está respondendo na Justiça pela tentativa de homicídio. A vítima chegou a ganhar medida protetiva contra ele, mas voltou a viver com o agressor. Os dois moravam juntos há aproximadamente três anos e não tinham filhos juntos. Apesar disso, ela era mãe de dois filhos e, ele, de três, com a ex-mulher.
Após ter sido preso preventivamente pelo assassinato, ele foi encaminhado para a cadeia pública de São Miguel do Oeste.
Ciúmes após traição
Na madrugada desta sexta, após ser encontrado escondido embaixo de uma ponte da cidade, o suspeito confessou à polícia que matou a companheira após descobrir uma traição. "Segundo ele, teria pego ela o traindo algumas horas antes. Depois, voltou pra casa e quando chegou ela estava lá", diz Werlang.
Para a polícia, o suspeito alegou que queria se separar da mulher, mas a vítima insistiu para ficar com ele. Foi quando teria tido o rompante de raiva. "A história não é muito convincente. Ele disse que ligou para a polícia, mas todas as informações indicam que está querendo construir um álibi, para alegar que agiu sob forte emoção", afirma o agente responsável pelo inquérito.
A suposta traição será investigada, a partir do nome do possível amante indicado pelo suspeito. Outras testemunhas serão ouvidas e o inquérito deve ser concluído em até 10 dias.
Com informações do site G1 SC