A diretoria do Hospital Santa Teresinha, de Braço do Norte, continua buscando alternativas para que a instituição possa manter o atendimento pelo SUS à população. O hospital atende hoje em torno de três mil pessoas por mês no setor de emergência, provenientes de seis cidades da região da Amurel.
De acordo com a diretora do HST, Maria Celir Tenfen, ontem ocorreu uma reunião com a gerente estadual de Saúde de Criciúma, na qual foi entregue um ofício solicitando o credenciamento de 10 leitos de retaguarda para os pacientes do Sistema Único de Saúde, bem como o pedido do incentivo para portas de urgência e emergência, conforme Portaria Nº 2.395 de 11 de outubro de 2011, do Ministério da Saúde, onde no anexo II, o Hospital Santa Teresinha, classificado como Hospital Geral, que mantém pronto-socorro 24 horas, poderá receber um incentivo de R$ 100 mil reais por mês.
“A gerente se mostrou bastante sensibilizada pela necessidade de reajuste do contrato com o SUS e nos garantiu empenhar-se, pelo menos neste primeiro momento, a atender o pedido de incentivo”, apontou.
Na sexta, às 16h30, a direção do HST terá uma reunião com o prefeito de Braço do Norte, Ademir Mattos, sobre a situação do hospital e o que o município pode fazer para colaborar. Recentemente, a direção do Hospital Santa Teresinha voltou a pedir a atenção das autoridades governamentais e auxílio, já que há meses a instituição tem se posicionado sobre os problemas financeiros que vem enfrentando, que podem comprometer o atendimento, em especial pela falta de aumento nos valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os dados financeiros do hospital demonstram que, caso não haja nenhum aumento nos repasses, no fim de setembro a instituição não terá mais condições de manter o pronto-socorro. Recentemente, para manter o atendimento, Maria Celir, que há nome anos atua no HST, chegou a retirar um empréstimo em seu próprio nome, no valor de R$ 350 mil.
“Tudo que nós queremos e fazemos é para que possamos manter o atendimento, pois temos a consciência da importância de garantir esse direito da população, que é quem acaba sofrendo com a situação”, aponta Maria Celir.
A instituição já se pronunciou apontando que, se nenhuma atitude for tomada por parte do poder público no sentido de revisar os valores contratuais para aproximá-los ao custo real dos serviços prestados, os recursos existentes somente garantirão o atendimento gratuito até o final do mês de setembro.
Os números mostram que a partir do ano de 2012 o hospital passou a acumular um déficit financeiro cujo montante, em 2014, alcançou R$ 417.936,61 e que já no primeiro semestre de 2015 chega a quase meio milhão de reais.
Com informações do Jornal Diário do Sul