Quatro servidores municipais de Dionísio Cerqueira, no Oeste catarinense, foram presos temporariamente nesta quarta-feira (1º) em uma operação da Polícia Civil. Entre os presos estão secretários municipais, a diretora de um hospital e outro servidor público. Além dos investigados, uma quinta pessoa foi presa em flagrante durante as buscas.
Os funcionários públicos são suspeitos de envolvimento com fraudes em licitações e em pagamentos indevido de horas extras de alguns servidores. O prejuízo estimado é de R$ 6 milhões aos cofres públicos da cidade de 14.811 habitantes.
“No caso das licitações, há indícios, não há nada comprovado. No pagamento de hora extra, esta bem materializado", afirma o delegado de Polícia Civil de Dionísio Cerqueira, Eduardo Mattos.
Durante as buscas em uma das residências, a quinta pessoa, que não era investigada, foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e munição após a polícia encontrar duas armas de fogo modificadas para comportar calibre 22, além de munições.
No esquema de pagamento indevido de horas extras, alguns funcionários recebiam R$ 1.570 em horas extras não trabalhadas.
"Há comprovação que isso vinha funcionando há cerca de três anos, mas a gente acredita que este período possa se estender há 6 anos”, detalha o delegado.
A investigação iniciou há aproximadamente seis meses. A a suspeita é que as fraudes com pagamento indevido de horas extras tenham gerado prejuízo que podem passar de R$ 6 milhões. Conforme a Polícia Civil, o prejuízo com as fraudes com licitações não foi calculado.
Além dos presos, o delegado acredita que outras 20 pessoas estão sendo investigadas, entre elas pessoas suspostamente beneficiadas pela fraude.
Os suspeitos podem responder por formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, estelionato, peculato, falsidade ideológica, além de atos de improbidade administrativa. Em depoimento, alguns deles confirmaram e outros negaram, conforme o delegado.
Os presos foram encaminhados às Unidades Penais Avançadas de São José do Cedro e de Maravilha, também no Oeste. O G1 não conseguiu contato com a Prefeitura de Dionísio Cerqueira.
Com informações do site G1 SC