196 funcionários da secretaria de Saúde de Braço do Norte cruzaram os braços ontem.
Os 196 funcionários da secretaria de Saúde de Braço do Norte cruzaram os braços ontem, durante o turno, para reivindicar melhores salários. Apenas o transporte de pacientes para a realização de hemodiálise não foi interrompido. Na próxima terça-feira, os profissionais realizarão uma assembleia, onde decidirão se entrarão em greve. Hoje, deverão trabalhar normalmente.
A negociação com a prefeitura começou no início do último mês. Os servidores pedem que R$ 75 mil sejam repassados mensalmente para a secretaria, para serem distribuídos nas folhas de pagamento, além da implantação de um plano de cargos e salários. O município, de acordo com a secretária de Saúde, Lúcia Teresinha Giordani Volpato, tem condições de arcar com R$ 50 mil.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Serviço Público de Braço do Norte e Região (Siscob), Wilson Manoel Althoff, explica que servidores têm salários defasados. “Um motorista recebe como salário-base R$ 682,00. O vale-refeição e a insalubridade não entram na conta para recebimento de benefícios, ou mesmo aposentadoria”, explica Wilson.
Ontem, a categoria também realizou uma manifestação em frente à secretaria de saúde e uma passeata pelo centro da cidade. Também exigiram uma reunião com o prefeito Evanísio Uliano (PP), que está em Brasília. O encontro será realizado na próxima semana. “Pedimos que os manifestantes façam uma tabela de quanto cada servidor terá de aumento. O impacto não pode ser superior a R$ 50 mil mensais na folha”, explica Lúcia.
A secretária conta que, para garantir o atendimento à população, um médico foi contratado temporariamente pelo município para realizar plantão no Hospital Santa Teresinha. “Quem perdeu com a paralisação de ontem foi a população”, relata a secretária.
Diário do Sul