As provas foram realizadas pela Acafe e os candidatos suspeitam que alguém teve acesso antecipado ao caderno com as questões
Foto: Lucas Mendes/Clicatribuna
Aconteceu ontem, o concurso público de ingresso ao magistério de Santa Catarina, realizado através do sistema Acafe. Em Criciúma, as provas foram aplicadas na Unesc e houve muita reclamação por parte dos candidatos. O motivo é que, em uma das salas, o envelope de provas estava rasgado, o que levantou a suspeita de fraude por parte dos candidatos. O envelope deveria estar lacrado.
Conforme matéria do Clicatribuna, para que as provas fossem iniciadas, foram chamados dois candidatos para verificar o lacre do envelope, procedimento padrão em todos os concursos e vestibulares. Segundo uma das participantes, Elen Cristian Santos de Souza, nesse momento foi constatado o problema. “O envelope estava rasgado então chamamos a coordenadora. Ela veio com um policial que nos explicou como funciona a logística até que as provas cheguem na sala. Depois verificou o problema, fez uma ata relatando o fato e falou para fazermos a prova. A indicação era para que, se alguém se sentisse prejudicado, deveria protocolar um recurso”, relata ela.
De acordo com a candidata, Sandra Martins, a abertura no envelope era suficiente para ter acesso à prova. "Para a nossa surpresa, a embalagem estava violada, com um corte de tamanho suficiente para a retirada do caderno. Esperamos que haja uma averiguação adequada”, fala.
Para a coordenadora de concursos da Acafe, Lucinara Marin, não há possibilidade de um caderno ter sido retirado do envelope. “O rasgo era pequeno e não havia como passar uma prova por ele. O problema deve ter acontecido durante o transporte, já que passa por vários locais, sempre acompanhado da polícia para evitar problemas”, conta.
O concurso foi realizado em todo o Estado e, segundo Lucinara, o único problema registrado foi em Criciúma. “O envelope é pequeno e o volume de provas é grande. Além disso, o papel do caderno de provas é cortante e pode ter feito esse pequeno rasgo. Não há nenhuma possibilidade de anulação do concurso”, afirma a coordenadora.
