O veto do governador Raimundo Colombo ao projeto de Lei 19/2013, que institui a Semana Estadual de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose, de autoria do deputado Valmir Comin (PP), foi derrubado pelos deputados catarinenses, em sessão plenária, na tarde desta terça-feira (5).
Comin destacou os problemas enfrentados pelas mulheres, lembrando principalmente a falta de informação como a grande vilã, já que a maioria sofre com a doença sem saber que possui. O intuito do parlamentar é acender o debate e a necessidade de esclarecer melhor o assunto, buscando a prevenção.
Ele acredita que a única maneira de vencer a endometriose é alertando a população para doença, permitindo o diagnóstico mais precoce. E explica que a semana dará atenção especial a promoção e divulgação das ações preventivas, terapêuticas, reabilitadoras e legais relacionadas àquela doença.
Segundo Comin, a "semana" será a oportunidade para realização de várias atividades voltadas à promoção da saúde e prevenção de danos da endometriose, visando alcançar um impacto positivo na qualidade de vida dessas pessoas, de acordo com os princípios da integralidade e da humanização.
A doença é conhecida por ser a enfermidade da mulher moderna. "Hoje em dia elas executam inúmeros papéis ao mesmo tempo, o que acarreta em desgaste físico e mental. Na maioria das vezes, por causa da doença se transformam em pessoas cansadas, deprimidas e frágeis diante da dor que enfrentam. E o maior alerta que fazemos é por saber que a maioria desconhece o problema que tem”, disse Comin.
A doença
A endometriose, conhecida como “a inimiga silenciosa”, pode acabar com o sonho da maternidade de milhões de mulheres. Ela surge no endométrio, tecido que reveste o interior do útero, fora da cavidade uterina (ou seja, em outras partes do útero ou em outros órgãos da pelve – trompas, ovários, intestinos, bexiga).
É uma afecção inflamatória provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas durante o período menstrual, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
Colaboração: Kênia Pacheco