Os acidentes de trânsito são os principais responsáveis pelo número cada vez maior de atendimentos a pacientes jovens com fraturas nos consultórios e prontoatendimentos. As colisões são o segundo maior problema de saúde pública no Brasil, só perdem para a desnutrição, e são a terceira maior causa de morte no país. Entre os atendimentos realizados, os que envolvem motociclistas são a maioria e a faixa etária mais atingida são os jovens.
A preocupação é que em algumas situações, os acidentados não procuram atendimento por pensarem que nada grave ocorreu, apenas escoriações leves. De acordo com o ortopedista e cirurgião Willian Nandi Stipp, de Tubarão, para casos onde o paciente sofre uma queda, seja de motocicleta ou não, e não procuram ajuda médica, a dificuldade em tratar aumenta e os riscos de sequelas também.
Na avaliação médica, após ouvir o histórico e fazer o exame físico, serão solicitadas radiografias simples para confirmação do diagnóstico e planejar o tratamento. “Existem situações que necessitam exames adicionais para melhor estudo da fratura, como tomografia computadorizada, por exemplo, nos casos de fraturas articulares”, explica o ortopedista.
Mesmo com o tratamento correto, o paciente pode ficar com sequelas. Entre os danos estão a rigidez articular, pseudoartrose (ausência de consolidação), consolidação viciosa (deformidade da fratura), dor residual e osteomielite.
Conforme Willian, os acidentes de trânsito têm causado uma epidemia de pacientes sequelados, incapacitados, que geram custos enormes ao Sistema Único de Saúde (SUS) e Previdenciário. Cerca de 60% dos feridos ficam com lesões permanentes. “Para mudar este índice é necessário conscientizar a população sobre respeitar as leis de trânsito. Em caso de acidente, procurar imediatamente o tratamento”.
Com informações do jornal Notisul
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