Educação

Maioridade penal

Foto: Divulgação/Internet

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Diante do fato ocorrido em Criciúma nessa segunda-feira, com o assassinato da jovem médica por um menor de idade, é impossível não sentir indignação e reafirmar minha opinião que é preciso sim reduzir a maioridade penal, não para dezesseis anos, mas doze, porque o que temos visto desses adolescentes inconsequentes gera muita revolta no cidadão de bem , que trabalha, cuida da família, cumpre suas obrigações.

Enquanto a jovem, de apenas 36 anos de idade, volta do trabalho às 21h30minutos, cansada, ansiosa por chegar a casa, o vagabundo está lá com uma arma em punho e do nada tira a vida de alguém útil à sociedade, enquanto ele, um “verme”, não pode ser punido porque é menor de idade.       

Pergunta-se: ele não pode ser preso, mas a família da jovem assassinada pode aceitar com resignação tão grande perda? A família perde a filha, irmã, esposa; a sociedade perde a cidadã, a profissional preocupada com a saúde do ser humano, enquanto o “vagabundo” continuará nas ruas buscando novas vítimas, escondendo com sua cumplicidade outros vagabundos maiores de idade. É preciso sim punir os menores para que a sociedade seja preservada. Pela lógica o crime emancipa o cidadão, por isso deve assumir a responsabilidade sobre ele, independente de idade

Sabemos que a falta de investimentos para melhoria da qualidade da educação e a falta de moradias adequadas são problemas que poderiam ser evitados se o Estado destinasse melhor o dinheiro público para o bem estar da população. Mas, enquanto isso não acontece, e nunca acontecerá, é preciso de haja punição aos criminosos, independente de idade, pois governo que não investe em educação, terá necessariamente que investir na construção de presídios.

Hoje se vive com uma facilidade de acesso à informação dando aos indivíduos maturidade para responder pelos seus atos. Pela evolução dos meios de comunicação, diariamente, chegam as mais diversas informações a todos, incluindo crianças de doze anos, tornando-as mental e culturalmente  desenvolvidas, com maturidade para responder por seus atos. Assim, é preciso assumir seus erros e acertos.

O que não pode se conceber é que aos dezesseis anos o cidadão está apto para votar, mas não pode ser punido pelos crimes que pratica. Eles  sabem muito bem que podem roubar, estuprar, assassinar, e não pagarão por isso, em função de leis absurdas que existem neste país. Em contrapartida não podem trabalhar porque é contra o estatuto do menor e do adolescente. Matar pode trabalhar não! Isso é o maior absurdo.

Talvez eu seja questionada como educadora  pelo fato de declarar-me favorável à punição de adolescentes. Mas, coloco-me no lugar de tantas e tantas famílias vítimas, como a da jovem Mirella de Criciúma. E se fosse minha filha, minha irmã, minha mãe, enfim minha família? Só quem passa na pele é que sabe avaliar a dor da perda, ainda mais quando é de forma brutal. É preciso dar um basta!