Segurança

Início de rebelião no Santa Augusta

Detentos de quatro galerias foram contidos após 40 minutos de tumulto por agentes e Polícia Militar

Quem ouvia da rua se assustava com os barulhos de grades e os gritos que vinham do Presídio Santa Augusta, de Criciúma, na noite de ontem. Viaturas da Polícia Militar e agentes penitenciários de folga chegando à unidade prisional contribuíam para o cenário. Conforme o site Clicatribuna, o princípio de rebelião, que começou por volta das 21h30min, teria iniciado por conta de um detento da Galeria E. O caos foi controlado em 40 minutos.

Segundo o gerente do complexo prisional, Jovino Zanelato, o recluso foi o pioneiro da ação. “Ele estava incomodando praticamente o dia todo pedindo remédio controlado, o que não podemos fornecer fora do horário estipulado. Foi constatado posteriormente que ele não necessitava de medicamento e que o que queria realmente era tumultuar”, explica Zanelato.

Unidades vizinhas como destino

O detento começou então a gritar e bater nas grades da cela, o que em questão de minutos, chamou atenção de parte da massa carcerária, que pensou que ele estivesse passando por maus tratos. Conforme o gerente do Santa Augusta, 30 presos divididos entre as galerias E, D , A e G participaram do início de motim.

Parte do grupo foi transferida ainda durante a noite para unidades vizinhas. Ainda nesta segunda, o restante será recambiado. Penitenciária Sul, Presídio Regional de Araranguá, Presídio Regional de Tubarão e Unidade Prisional Avançada (UPA) de Imbituba serão os destinos dos reclusos.

Confusão já era prevista

Um tumulto já era previsto no complexo que abriga a maior quantidade de presos da Região Sul. “Já estávamos sentindo que algo errado iria acontecer a alguns dias. Porém, nossa segurança é muito eficaz, e em conjunto, polícia e funcionários da unidade contornaram a confusão”, aponta.

Alguns homens do regime semiaberto foram identificados como participantes e vão perder benefícios. Hoje será levantado se houve danos nas celas, o que também pode render punição a quem depredou os espaços. De acordo com o oficial do dia da Polícia Militar, tenente Sandi Muris Sartor, aproximadamente 35 homens da corporação atuaram para conter os reclusos.

“No princípio houve um pouco de resistência. Alguns não queriam sair das celas e continuavam a gritar e a bater. Mas a situação foi revertida em pouco tempo sendo considerada tranquila”, caracteriza o oficial.

Militares, inclusive que estavam de folga, do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) e Pelotão de Patrulhamento com Cães (PPC), além dos policiais que estava atuando no dia, foram mobilizados. “Somando cerca de 35 homens”, completa o tenente Sartor. Em torno de 20 agentes penitenciários, além de vigilantes, também foram mobilizados.

[soliloquy id=”12203″]