Vítima nega usar salto em casa e já registrou dois boletins de ocorrência pelas intimidações
O salto alto dos sapatos é um dos principais vilões para quem mora em apartamento. O ruído dos calçados pode ser enlouquecedor para o vizinho de baixo. Em Capivari de Baixo, uma mulher estaria ameaçando uma jovem de morte por causa deste barulho. Além de negar usar salto em casa, apavorada, a vítima já registrou dois boletins de ocorrência pelas intimidações.
A confusão envolvendo as moradoras do bairro Santo André começou no feriado de 7 de Setembro. “Estava saindo às 19h para ir a um churrasco com meu noivo quando ela me abordou, reclamando do barulho e me ameaçando no corredor. O porém é que não uso salto dentro do apartamento e, inclusive, tenho pantufas próximo da porta para evitar este tipo de reclamação”, afirma a estudante, de 23 anos.
Ao retornar para casa às 3h de sábado, a jovem foi novamente surpreendida pela vizinha, de aproximadamente 37 anos. “Ela apertou minha campainha sem parar e, quando abri a porta, ela fez ameaças de morte, dizendo que, no mínimo, eu iria parar na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Isso tudo ocorreu na frente de outros vizinhos. Não sou eu que faço barulho, saio para trabalhar pela manhã e volto somente à noite, depois da aula”, alega.
Entre domingo e segunda-feira, mais ameaças foram feitas. “Não consigo mais ir para casa sozinha. Ela chegou a me encontrar na rua e disse que não faria nada ali porque todos poderiam ver, mas que iria me jogar do alto do prédio. Ontem (segunda-feira), ela jogou um cigarro contra mim e meu noivo, dizendo que iria jogar álcool em nós”, relembra.
A jovem estudante está abalada com a situação e revelou as ameaças aos prantos para a equipe do jornal Diário do Sul. “Eu não sei mais o que fazer, estou com medo, ainda mais por morar sozinha. Só quero que isso pare. Já registrei os boletins, conversei com a síndica e não sou eu quem faz barulho. Ninguém faz. Talvez ela esteja assim por causa dos moradores antigos, que eram barulhentos. Já pedi desculpas, mas não adiantou e, quem sabe, ela lendo, pare de me atormentar”, pede a estudante.