Os bancos oferecem 6% de aumento. Os trabalhadores reivindicam 10,25%
As negociações que discutem o reajuste anual dos bancários no país encerraram sem novas propostas e, portanto, sem acordo. As discussões iniciaram no dia 3 do mês passado. São mais de 100 itens na pauta, entre cláusulas econômicas, sindicais e de saúde, entre outros pontos.
Boa parte já está discutida e acertada. Contudo, as que mais pesam e seguem sem acordo são os itens referentes ao fim das metas abusivas, fim do assédio moral, um percentual mais justo e maior da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o reajuste salarial.
Os bancos oferecem 6% de aumento, o equivalente a um reajuste real de apenas 0,7%. Os trabalhadores reivindicam 10,25% (INPC no período sobre o percentual de 5%). Diante do impasse, a possibilidade de greve agora é uma certeza.
Na base do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região (SEEBTR), a assembleia que votará a adesão ao movimento nacional está agendada para a próxima segunda-feira, às 18h30min, na sede do órgão, na Cidade Azul.
Caso a maioria opte por cruzar os braços, a paralisação inicia já no dia seguinte. Desde o dia 28 do mês passado, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nenhuma nova proposta de reajuste salarial. O índice reivindicado pelos bancários eleva para R$ 2,5 mil o piso da categoria.
Se o percentual proposto pela Fenaban for aplicado, o salário base não passaria de R$ 1.484,00. Um aumento de menos de 1% em relação ao pago hoje. “Insistem em uma proposta já avaliada como insuficiente. Nos forçam a iniciar uma greve para conquistar direitos básicos. Queremos o diálogo, mas para isso é preciso abertura”, lamenta o presidente do SEEBTR, Armando Machado Filho.
Na região, são mais de 600 trabalhadores
A base do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região (SEEBTR) agrega aproximadamente 600 trabalhadores em 16 municípios, distribuídos em 45 agências.
No ano passado, na Região Metropolitana de Tubarão, a paralisação foi sólida e durou 18 dias, inclusive com a participação dos colegas da rede privada. No ano anterior, foram 12 dias de greve.
O SEEBTR aglutina as instituições nas cidades de Tubarão (sede), Armazém, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Grão-Pará, Gravatal, Jaguaruna, Lauro Müller, Orleans, Pedras Grandes, Rio Fortuna, Sangão, Santa Rosa de Lima, São Ludgero, São Martinho, e Treze de Maio.