As Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs Curucaca, em Bom Retiro, receberam na tarde do último sábado (11), a visita da diretoria da RPPN Catarinense – Associação de proprietários de Reservas Particulares de Santa Catarina. A programação incluiu ainda uma reunião no Hotel Curucaca Brasil, na parte da manhã.
As RPPNs Curucaca, criadas em 2008, são parte integrante dos empreendimentos Pouso na Serra Fazenda Condomínio e Curucaca Vila de Campos. “A ideia, desde o princípio do projeto, foi criar um espaço diferenciado para aqueles que querem viver junto à natureza, oferecendo aos nossos condôminos a oportunidade de contribuírem para a preservação do meio ambiente”, destacou o empresário Carlos Arno Jensen. Ao adquirir um terreno, os investidores tornam-se co-proprietário das RPPNs. As reservas ocupam 195 hectares dos empreendimentos, quase 50% da área total.
A fauna das RPPNs Curuca já foram fonte de pesquisa científica. Há dois anos, estudantes de biologia da Universidade Federal de Santa Catarina – Ufsc realizaram estudo sobre grandes felinos. Através de armadilhas fotográficas e análise de vestígios, foi possível verificar e identificar as espécies que habitam a região, como o leão baio, a jaguatirica e e o gato do mato.
As câmeras também registraram outros animais como o bugio e o veado e, em algumas ocasiões, acompanhados de filhotes. “Foi recompensador constatar a perpetuação das espécies em nossa reservas”, destacou Carlos Jensen.
A preservação ambiental das Reservas Curucaca também foi tema do programa global da TV alemã DW – Deutsche Welle. Tendo como tema a importância da preservação e regeneração do pinheiro brasileiro, a araucária, o programa foi apresentado para mais de 60 países em fevereiro de 2014.
Em diversas ocasiões, as RPPNs Curuca também receberam grupos de observadores de pássaros, na atividades conhecida como birdwatching. O próximo passo, ainda em fase de projeto, será voltado para a educação ambiental, envolvendo estudantes da região.
O presidente da RPPN Catarinense, Ciro Carlos Mello Couto, informou que a associação procura realizar suas reuniões nas reservas associadas, ao todo 24, espalhadas pelas diversas regiões do Estado.
“Assim, promovemos a troca de experiências e a oportunidade de conhecer e divulgar as RPPNs”, afirmou Ciro, que é também administrador da Reserva Morro das Aranhas e dos projetos ambientais do Costão do Santinho, em Florianópolis.
“Foi ótimo conhecer um lugar tão especial, um projeto tão inovador e que vem de encontro com a preservação ambiental. Saber que todos os condôminos são proprietários das reservas é realmente muito especial”, acrescentou a secretária da RPPN SC, Sandra Silva de Moura.
Os empreendimentos
No condomínio Curucaca Vila de Campos, todas as residências implantadas possuem teto vivo, que além de ajudar na limpeza do ar, pois absorvem gás carbônico e emitem oxigênio, possuem excelente resultado térmico e integram às construções ao meio, causando menos impacto.
O cabeamento elétrico é subterrâneo, existem corredores ecológicos entre as áreas privativas e há preferencia por uso de materiais e mão de obra local nas edificações. O empreendimento conta ainda com charmoso Hotel Curucaca Brasil, em estilo rústico chique, sob o comando de Silvana Krüger.
Já o Pouso na Serra é uma fazenda produtiva, dentro dos preceitos da agroecológica, com o diferencial do aeródromo privado SIJN, uma pista em grama de 1.000 metros operacionais, que recebe com frequência aeronaves catarinenses e de outros estado.
Único homologado na região, o aeródromo é uma excelente ferramenta para desenvolvimento também do turismo. “Temos condóminos proprietário de aeronaves e já realizamos três eventos aeronáuticos com ótima participação de pilotos e apreciadores da aviação, divulgando as potencialidades da região e atraindo visitantes e investidores”, afirmou Carlos Jensen.
Sobre RPPNs
As Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN’s são áreas destinadas a conservação da natureza em áreas particulares. Em Santa Catarina, estão registradas mais de 60 reservas. É uma categoria de unidade de conservação – ou área protegida, que para existir depende unicamente da vontade livre e exclusiva do proprietário das terras.
Além de conservar a diversidade biológica das regiões onde estão inseridas, as RPPNs constituem um rico cenário para a pesquisa, educação ambiental e desenvolvimento sustentável, através do ecoturismo.
Nas RPPNs, o dono da terra continua sendo proprietário, que passa a contar com apoio de diversas entidades governamentais e não-governamentais no planejamento do uso, manutenção e proteção dessas reservas.
Quem cria um reserva particular tem prioridade em concessão de créditos agrícolas, isenção do ITR para a área declarada e pode encaminhar projetos, com apoio de associações e ong’s para o Fundo Nacional do Meio Ambiente, para financiar a manutenção das unidades de preservação.
A Associação dos Proprietários de RPPNs de Santa Catarina foi criada em 2005, com o objetivo de articular, organizar e assessorar os interesses ambientais e institucionais das RPPNs Catarinenses, otimizando as ações de proteção da biodiversidade das reservas.
Com informações do site SerraSC