Novamente surgem rumores de que as obras na ponte sobre o Canal de Laranjeiras, em Laguna, possam parar. Ontem (31), um fornecedor da obra informou que houve uma demissão em massa dos 263 funcionários da empresa Camargo Corrêa, responsável pelos trabalhos na Ponte Anita Garibaldi.
No entanto, os representantes da empresa e do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit) afirmam que a informação não procede. “Sabe-se que, chegando ao fim da obra como anunciado, em cerca de 30 dias, as demissões deverão ocorrer, com o devido aviso prévio. Alguns trabalhos nesta fase final estão a cargo de empresas terceirizadas”, ressaltam os representantes do Dnit.
Os gestores da Camargo Corrêa afirmam que os trabalhos seguem dentro do cronograma. “Conforme encerra uma frente de obra, os funcionários são realocados ou o contrato é encerrado”, salientam.
Na última semana, após uma vistoria na obra, o superintendente do Dnit no estado, Vissilar Pretto, explicou que a partir do momento em que a estrutura vai se definindo, o número de trabalhadores diminui. “Estamos nos encaminhando para o fim da obra e acreditamos que será inaugurada no fim de maio”, destacou. Na ocasião, foi afirmado que o túnel do Morro do Formigão, em Tubarão, será inaugurado junto. A data não foi marcada, mas a expectativa é de que a presidenta Dilma Rousseff participe do ato.
Sinais de que obra pode paralisar
• A iluminação deve ficar pronta daqui a seis meses, conforme o prazo contratual. Esta semana, o prefeito de Laguna, Everaldo dos Santos, vai a Brasília participar de uma audiência com o ministro dos transportes, Antônio Carlos Rodrigues, para decidir quem vai pagar a conta da iluminação da ponte.
• A publicação do edital com o adiamento do leilão dos bens menores do consórcio que constrói a ponte. A nova data ainda não foi definida, o que reforça a tese de que as construtoras sabem que precisarão usar equipamentos no futuro para finalizar tudo.
• O governo federal deve cerca de R$ 100 milhões ao consórcio que está com “os pés no freio” pela falta do pagamento, conforme fornecedores.
• Os gestores da obra já falam para fornecedores da região, que têm os seus contratos rescindidos, que a obra tende a parar.
• Um estudo da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), com patrocínio da Federação das Indústrias do estado (Fiesc), referente à execução das obras, específico nos prazos de cada etapa, aponta que a falta de pagamentos pode gerar um atraso no prazo da entrega.
Com informações do jornal Notisul