Uma iniciativa inédita da secretaria de Proteção e Defesa Civil de Tubarão, aliada com doações de borracharias, está prevenindo famílias de desastres naturais. Foi construído no bairro Fábio Silva um muro de contenção com pneus.
Os trabalhos foram realizados sem custo ao município e nem aos moradores. “O foco é a prevenção. Se a pessoa está prevenida, as chances de ocorrer um desastre diminuem”, explica a coordenadora de Proteção e Defesa Civil, Elna Fátima Pires.
Com a dificuldade no descarte de postos de combustíveis e borracharias, os pneus, além de contribuírem com a prevenção, são utilizados de forma correta. Nesta ação foram utilizados 40 pneus de caminhões e 80 de automóveis.
De acordo com o secretário da pasta, Rafael Marques, a iniciativa pioneira foi extremamente apoiada. “Através da ideia da Elna visualizamos a oportunidade de se colocar em prática o que estudamos nos cursos e capacitações. A intenção da coordenadora teve apoio imediato do engenheiro civil que orientou a obra Richard Rodrigues, peça chave do projeto, já que a técnica construtiva deveria atender os preceitos básicos de engenharia para garantia da obra”, explica o secretário.
A execução do projeto também teve apoio dos acadêmicos de engenharia ambiental e agronomia Vitor Marcon e Caio Santos, respectivamente. Participaram, ainda, o técnico de segurança do trabalho e motorista do município João Marcos Lopes; a agente de Proteção e Defesa Civil Elisabeth Tonon e o proprietário de uma das residências impactadas pelas chuvas, Ailton Leandro.
A escolha do material vai ao encontro da busca de soluções seguras e sustentáveis para preservar o meio ambiente. Houve, ainda, aproveitamento do material (terra) da encosta para recompor o talude junto com os pneus. A grama que será colocada foi doação e a mão de obra para execução foi dos servidores da prefeitura e de um dos moradores.
“Destaco a abnegação, o empenho, o senso humanitário dos funcionários que executaram a obra, pois com pás, enxadas, picaretas e muito desprendimento físico, realizaram os serviços manualmente. O local é de acesso impossível para equipamento móvel, como retroescavadeira. Por isso, o desmonte do talude que escorregou, a preparação para colocação dos pneus, a recolocação do aterro e o acabamento foram feitos a mão”, destaca o secretário.
Com informações do jornal Diário do Sul