Por enquanto, tudo segue do mesmo jeito: sem previsão de início da construção da nova ponte
Mais um balde de água fria nas expectativas de quem ainda tem esperanças de enfim ver sair do papel a ponte de concreto na divisa entre Tubarão e Jaguaruna, via bairro Congonhas. Isso porque a única parte visível dos trabalhos simplesmente ‘sumiu’. Isso mesmo! Os tapumes colocados pela empresa Souza e Esmeraldino, vencedora da licitação, para cercar o canteiro de obras, foram furtados.
“Roubaram tudo. Se um dia sair, será ótimo, mas ninguém se empolga mais com essa ponte nova. Como é que vão licitar uma obra sem conferir o projeto?”, lamenta o comerciante Altamiro Rocha Domingos, 68 anos, morador da comunidade tubaronense desde que nasceu.
A readequação do projeto é o maior empecilho que atrasa a construção. O documento licitado inicialmente não contemplou o comprimento necessário da travessia. Outros 15 metros precisaram ser incluídos para chegar à extensão de 60 metros.
Na Souza e Esmeraldino, por enquanto a ordem é aguardar posicionamento da prefeitura de Jaguaruna, responsável pela gestão dos recursos. O administrador da empresa, Felipe Esmeraldino, destaca que o sumiço das peças de madeira não será problema caso seja autorizado a tocar os trabalhos. ”Se corrigirem o projeto, os tapumes a gente coloca de novo”, garante.
Uma empresa terceirizada foi contratada para fazer as readequações, e a expectativa da equipe da prefeitura é de ter o novo projeto em mãos quem sabe ainda esta semana. “Temos interesse em começar e terminar logo esta obra”, informa o engenheiro civil da prefeitura, Neemias Santos.
Os percalços
O projeto licitado é de 2006 e previa uma ponte com 45 metros de comprimento. Porém, ninguém conferiu se tudo estava correto antes do lançamento do edital e laudo topográfico emitido em junho apontou que a estrutura precisará ter pelo menos 60 metros.
O prefeito de Jaguaruna, Inimar Felisbino Duarte (PMDB), descartou em outra oportunidade a possibilidade de refazer a licitação por causa da modificação do projeto. O problema é que a ordem de serviço foi assinada em maio e desde então os usuários da ponte aguardam ansiosos pela construção da travessia de concreto, muito mais segura que a atual precária estrutura de madeira.
Além do comprimento da passagem, será preciso alterar também o tamanho dos pilares de sustentação e o modelo da ponte. Conforme a sondagem do rio, a profundidade é maior do que o projeto previa. As estacas só serão fincadas com segurança a mais de 34 metros abaixo d’água, valor além do estimado (menos de 30 metros).
Notisul