Educação

Professores estaduais de SC anunciam greve a partir desta terça-feira

coordenador estadual do Sinte - Luiz Carlos Vieira (Foto: Diário Catarinense)

coordenador estadual do Sinte – Luiz Carlos Vieira (Foto: Diário Catarinense)

Sem definição de acordo e com a projeção de um cenário de embate entre governo e o sindicato da categoria nos próximos dias, vem aí uma nova greve dos professoresque pode prejudicar alunos da rede pública estadual catarinense a partir de terça-feira.

A manifestação do coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública (Sinte/SC), Luiz Carlos Vieira, dada ao Diário Catarinense nesse domingo (22), indica que dificilmente haverá recuo para evitar uma paralisação.

Ainda na sexta-feira (20), o Sinte enviou ofício à Secretaria de Estado da Educaçãoanunciando o movimento a partir de terça-feira (24), quando acontecerá uma assembleia estadual às 14h, no Centrosul, em Florianópolis.

Do lado do governo, o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, vai anunciar na manhã desta segunda-feira (23), em entrevista coletiva no Centro Administrativo, as ações que devem ser adotadas.

No fim de semana, o governo se manifestou apenas por meio de assessoria de imprensa e considerou o anúncio do Sinte um rompimento unilateral em um momento de avanços e de diálogo aberto.

O clima é de descontentamento com a postura do Sinte e o discurso de bastidores sinaliza que não haverá negociação caso seja mantida a paralisação.

Estão em discussão alguns pontos principais que são os enquadramentos salariais na nova carreira e a medida provisória 198, do governador Raimundo Colombo, que fixa a remuneração básica do professor admitido em caráter temporário (ACTs).

"Desde o dia 6 de março a Secretaria de Estado da Educação vem realizando, em conjunto com as Secretarias da Fazenda e da Administração, uma série de ajustes na nova carreira com base nas sugestões dos profissionais do magistério. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Educação realizou reuniões com representantes do Sinte para ouvir também suas sugestões", disse a Educação.

Para a pasta, a proposta almejada pelo Sinte é totalmente inviável e seu custo de implementação elevaria a folha do magistério em mais de R$ 2 bilhões.

O secretário Deschamps afirmou pela assessoria que o governo cumpre a lei do piso, que os profissionais de nível médio, temporários e iniciantes de carreira tiveram aumento superiores a 170% nos últimos quatro anos e a nova carreira procura valorizar principalmente os profissionais com mais tempo de carreira e maior titulação que tiveram aumentos menores nos últimos quatro anos, a chamada descompactação da carreira.

A última assembleia do Sinte, no dia 10 deste mês, mostrou que a categoria não estava totalmente disposta a votar pela greve. Mesmo assim, caso ela continue a partir da assembleia de terça-feira, os efeitos nas salas de aula só deverão ser dimensionados a partir do meio da semana.

Com informações do jornal Diário Catarinense