Servidores municipais realizaram ato em frente à prefeitura para reivindicar aumento com ganho real no salário e repasse do Fundeb aos profissionais da educação
Com panelaço, faixas e cartazes, os servidores públicos de Araranguá realizaram um ato em frente à prefeitura na tarde desta quarta-feira (18). O motivo foi devido às negociações por reajuste salarial e demais benefícios, no qual prefeitura e sindicato divergem sobre os valores.
Servidores de diversas pastas municipais, como Samae, secretaria de Interior e Educação, se fizeram presentes no ato, que foi pacifico. Muitos deles seguravam cartazes, com frases “Sem a valorização do professor, não há qualidade da educação”, “Não ao retrocesso: 13% na carreira já” e “Sr Prefeito, a inflação é sua obrigação, ganho real é a nossa valorização”, chamaram a atenção no meio da multidão.
Entre os diversos servidores, professoras e auxiliares da Creche do bairro Alto Feliz foram umas das primeiras a chegarem ao ato. Conforme a auxiliar, Edi Vieira, a passeata tem que surtir efeito. “Pois é um direito nosso (o aumento). Nosso aumento já veio, através do governo federal, então cadê o dinheiro?”, indagou Edi.
A prefeitura, conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Município de Araranguá, Fernando Espíndola, já marcou uma rodada de negociação para sexta-feira, às 11h. “Vamos vir aqui à prefeitura e vamos negociar, depois vamos conclamar assembleia, onde será decidido se será feito acordo ou não”, ressaltou Espíndola.
Por enquanto, os servidores de Araranguá seguem em estado de greve, o que significa um alerta de greve futura, caso ambos os lados não cheguem a um acordo. Se isso ocorrer, em breve, todos os serviços municipais podem parar, entre eles: Samae, Obras, Educação e diversos outros setores essenciais no dia a dia da população.
Entenda o caso
Enquanto a prefeitura se baseia no Índice Geral de Preços do Mercado – IGPC, o sindicato se baseia no Índice Nacional de Preço ao Consumidor – INPC. Portanto, a prefeitura oferece um reajuste geral de 3.85%.
Já o sindicato pede um reajuste de 8% geral, sendo 7,6% a inflação, mais 0,4% de ganho real, e 13% para os professores, que se diferenciam, segundo o sindicato, por receberem verba federal, advindas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb.
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