Enquanto a situação fica sem rumo, a direção da escola antecipou as férias de julho, de duas semanas, para esta quinta-feira (12)
Interditada desde segunda-feira (9) pelo Corpo de Bombeiros, a Escola Maria Garcia Pessi ainda não definiu um local para abrigar os aproximadamente 400 alunos, em Araranguá. De acordo com o gerente de Educação da Secretária de Desenvolvimento Regional – SDR, Nilson Costa, uma reunião será realizada na manhã desta quarta-feira (11), com o reitor da Universidade Federal – UFSC, Paulo César Leite Esteves, para tentar definir um local.
“Vamos ver se há a possibilidade da UFSC liberar algumas salas para abrigar os alunos do Maria Garcia Pessi”, explicou Costa. Ainda conforme ele, o governador Raimundo Colombo sinalizou de o mantante de R$ 5 a R$ 6 milhões, para concluir as obras da escola, que está à espera desta verba desde 2009.
Enquanto a situação fica sem rumo, a direção da escola antecipou as férias de julho, de duas semanas, para esta quinta-feira (12). “Já não está tendo aulas, e a partir desta quinta, começa as férias antecipadas, de duas semanas”, explicou a diretora da escola, Sandra Vargas, que irá passar toda a situação para os pais, nesta quarta-feira (11).
Escola interditada
O Corpo de Bombeiros de Araranguá, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina – MPSC, interditou na segunda-feira (9), a estrutura antiga do colégio, a qual se encontra comprometida. Em visita a escola, a reportagem do Portal Sul in Foco flagrou o descaso com o prédio. Rachaduras, telhas, aberturas desmoronando e paredes cheias de infiltrações fazem parte do ambiente, que era para ser claro, limpo e propício para o aprendizado.
Conforme a direção da escola, 1.800 alunos estudam hoje no Maria Garcia Pessi. As turmas do 6º ao 3º ano do ensino médio, vão estudar no novo prédio. Já as turmas do 1º ao 5º ano, cerca de 400 alunos, ainda não sabem qual o destino vão tomar, para poder exercer o direito ao estudo, quando acabar as férias antecipadas.
Entenda o caso
Em 2009, o governo concluiu o primeiro bloco da reforma da escola. Até aí, tudo bem. O problema é que a segunda etapa da obra nunca saiu do papel, e de lá para cá, os alunos do ensino fundamental, e os funcionários da escola, tem arriscado suas vidas, lecionando em uma estrutura precária, e que a qualquer momento poderia cair.
“Foi feito denúncia no Ministério Público em 2013, mas mesmo assim, o governo não deu continuidade à obra. Agora em 2015, o promotor acionou os bombeiros para interditarem o local. "Vamos ver se o governo cumpre com o prometido desta vez”, pontuou a diretora da escola.
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