Educação

Professores entram em greve por tempo indeterminado em Tubarão

Prefeitura e classe não chegaram a acordo de reivindicações trabalhistas. Paralisação iniciou nesta quinta-feira (5); cinco mil estão sem aulas

Foto: veja.abril.com.br / Ilustração

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Professores da rede municipal de ensino em Tubarão, entraram em greve nesta quinta-feira (5). Com isso, cerca de cinco mil alunos estão sem aula.

A paralisação foi decidida em uma assembleia na terça-feira (3). A greve não tem data para terminar, já que o governo municipal e a categoria ainda não chegaram a um acordo com relação às reivindicações trabalhistas.

Conforme o G1 SC, às 8h30 desta quinta, está marcada uma caminhada dos manifestantes pelas principais ruas da cidade, com faixas e cartazes.

A prefeitura confirma que o município está sem aulas, mas até as 7h40 não tinha um balanço oficial de quantas escolas e professores aderiram ao movimento.

Reivindicações

As principais solicitações da categoria são o aumento do piso salarial em 12,30% e a reformulação da lei de progressão funcional.

Os professores também pedem um novo concurso público e o pagamento da hora-atividade da regência de classe de 40%.

O movimento quer regulamentar a jornada de trabalho dos servidores de limpeza, oficializar a atividade de motorista de educação e ampliar a contratação de mais estagiários.

Posição da prefeitura

Em nota oficial, a prefeitura de Tubarão alega que o município está em "condições financeiras adversas", com orçamento comprometido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e restrições do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O município alega que em 2014 investiu 32%  do orçamento na área da educação e "não tem medido esforços para melhorar as condições de trabalho e o ensino oferecido".

A prefeitura ainda diz que está previsto para os próximos dias o início do processo de progressão horizontal, que possibilitaria o incremento salarial de 3% à carreira do magistério.

Indicativo de greve na rede estadual

Os professores estaduais de Santa Catarina decidiram por um indicativo de greve em votação na tarde de terça-feira. Eles enviarão proposta ao governo e, caso não haja negociação, começarão a paralisação a partir do dia 10 de março.

Mais de 5 mil professores participaram da assembleia em Florianópolis, vindos de todas as áreas do estado.