Os protestos dos caminhoneiros pelo Brasil dificultam as entregas de mercadorias em diversos segmentos. Em Santa Catarina, o abastecimento dos supermercados já preocupa. No Vale do Itajaí e no Oeste catarinense há restrição de mercadorias para os consumidores.
Conforme o site Engeplus, no Sul do Estado, a situação é menos crítica. Os supermercados ainda estão com produtos nas prateleiras, no entanto, se a greve prosseguir, os supermercados e, consequentemente, os consumidores serão afetados na próxima semana.
Segundo o vice-presidente regional Sul da Associação Catarinense dos Supermercados (Acats), Nazareno Dorneles Alves, só não está faltando produtos na região porque os supermercados estão bem abastecidos, sendo que os estoques duram aproximadamente dez dias, conforme a capacidade de cada estabelecimento. “O primeiro produto que será sentido é o leite e todos os seus derivados”, frisa Alves.
Os laticínios chegam da região Oeste do Estado, local onde há mais mobilizações. O segundo produto que faltará aos consumidores, caso os protestos continuem, são os da agroindústria, que chegam do Centro-Oeste e Sudeste do país.
Nesta manhã representantes da Associação Catarinense dos Supermercados (Acats) em conjunto com órgãos ligados aos transportes de carga estão reunidos para reforçar a preocupação da categoria com as manifestações. De acordo com Alves, 85% da distribuição de mercadorias produzidas pelas indústrias são de responsabilidade dos supermercados.
Alerta – A rede Bistek Supermercados já sentiu impacto em dois setores: leite e hortifruti. Segundo o diretor comercial da rede, Walter Ghisland, se as manifestações continuarem, outros setores deverão ser afetados. “Hoje o quadro é de alerta para as carnes de frango e gado. Caso não mude o quadro vamos sentir a falta dos produtos nos próximos dias”, frisa.
A rede, que conta com 16 lojas em 11 municípios de Santa Catarina, tenta desdobrar o problema da falta de produtos comprando de fornecedores regionais e queimando os estoques de leite. “As frutas e verduras, porém, ficam mais difíceis, pois não existem fortes fornecedores como São Paulo para repor a mercadoria e aí o consumidor acaba ficando sem o produto”, comenta.