Um fato que comoveu a familiares e a comunidade de São Francisco Xavier (também conhecida como Boqueirão) em São Joaquim foi o falecimento do senhor Alcindo Donizete de Souza de 31 anos na noite deste último domingo (22) em que o corpo do falecido foi deixado ao relento sob a intempérie do tempo.
Segundo relatos dos familiares, o Senhor Alcindo Donizete estava em um bar na localidade de Boqueirão na noite deste último domingo e próximo à meia noite se sentiu mal. Logo depois foi encontrado morto, vitimado por um ataque cardíaco fulminante em uma estrada em frente a capela daquela localidade.
A Polícia Militar foi acionada e chegou a ir no local, mas como se tratava apenas de uma morte natural, acionaram o Instituto Geral de Perícias – IGP para a análise do caso.
Os familiares aguardaram por durante toda a madrugada pela chegada do IGP, mas ele não chegou. Revoltados foram até a delegacia de polícia reclamar, mas lá receberam a informação de que não se tratava de um caso de polícia, uma vez que não havia sinais de violência, era apenas uma morte de causas naturais. Não havendo a necessidade de acionar o IGP.
Sem condições financeiras os familiares foram até a Assistência Social solicitar auxílio funeral, até então receberam a doação de um caixão, mas o agente funerário não poderia recolher o corpo, uma vez que necessitaria de um laudo médico atestado a causa mortis (neste caso infarto).
Já era próximo do meio dia e os familiares já estava cansado de tanta procura pelas autoridades. O corpo do senhor falecido foi coberto com uma lona preta e pelo alto calor emitido por um dia de sol quente no verão foi necessário fazer uma espécie de barraca por cima do defunto.
Ainda sem destino os familiares procuraram o Posto de Saúde à procura de um médico, mas receberam a informação de que os médicos não tinham como atestar o óbito na localidade do Boqueirão.
Os familiares foram até Hospital a procura de um médico e posteriormente começaram a procurar os médicos nos consultórios particulares onde recebiam um "não" seguido de "não". Ninguém na cidade sequer poderia ou estava disposto para atestar o óbito do senhor falecido.
Já no final da tarde e cansados de tanta procura os familiares foram até o Ministério Público em busca de justiça e lá receberam o auxílio da promotoria que determinou que o IML de Lages recolhesse o corpo e fizesse a autópsia na cidade de Lages, mesmo sabendo que se tratava de uma causa natural.
O IGP já marcou uma reunião com o Prefeito para definir de quem será responsabilidade do SVO- Serviço de Verificação de Óbito em causas naturais. Algo que já está estabelecido através da Lei Estadual LEI No 13.205.
Enfim, o corpo do senhor Alcindo Donizete falecido no domingo, só foi liberado próximo a meia noite de terça para os familiares. O Senhor Alcindo deixou uma esposa e dois filhos de 17 e 18 anos.
Em Junho de 2014 a SDR de São Joaquim emitiu a informação da instalação do IML (Instituto Médico Legal) já na cidade de São Joaquim, na informação a SDR chegou a mostrar até mesmo o local onde o IML seria instalado no Bairro Martorano. A notícia é do ano passado, mas ainda não se sabe ao certo o porque que estas coisas não estão andando como deveriam, deixando mais uma vez os cidadãos na mão.
Com informações da Agência de Notícias São Joaquim Online