Nº de aparelhos travados em 2015 subiu 2% em relação ao de 2014
No Brasil, telefones móveis travados por terem sido roubados ou perdidos compõe um banco de dados que já tem mais de 5 milhões de registros, segundo a associação ABR Telecom. Uma das alternativa para deixar o crime menos atrativo é o bloqueio dos aparelhos pelas operadoras para tornar o crime menos atrativo.
O número de aparelhos incluído no Cadastro de Estações Móveis Impedidas em janeiro deste ano era de 5.074.594. Conforme o site G1 Tecnologia, o número é o equivalente à média mensal de smartphones vendidos no Brasil no terceiro trimestre de 2014, quando as lojas do varejo baterem recorde nesse segmento.
Esse número é 2% superior ao contabilizado em dezembro de 2014, de 4.959.662. O avanço e o volume total, no entanto, não são suficientes para mostrar que houve uma escalada de roubos de celular no Brasil, já que nem todo aparelho alvo de criminosos vai parar no Cemi.
Além disso, o número é cumulativo, ou seja, considera o número total de aparelhos uma vez incluídos e não retirados no cadastro –caso o dono recupere seu celular, é possível desbloqueá-lo.
'RG do celular'
Se o volume total de celulares bloqueados cadastrados no Cemi não servir como indicador de criminalidade, em São Paulo, as estatísticas de violência mostram uma explosão de crimes visando os aparelhos.
Em 2014, de todos os objetos roubados no estado, 20,6% eram celulares. O índice de roubo do item subiu 149,59% no ano. Por isso, a polícia vai pedir o bloqueio dos aparelhos assim que um boletim de ocorrência for aberto.
A inclusão dos aparelhos no Cemi necessita da informação do número de Identificação Internacional de Equipamento Móvel, o Imei, uma espécie de “RG do celular”. O número, que pode ser um alienígena para donos de celulares, é fácil de achar. Está no verso dos aparelhos ou dentro do chassi, abaixo da bateria. Se ficar difícil de encontrar, basta digitar “*#06#” no teclado (Veja vídeo acima).
Sem ligação
Destino do Imei dos aparelhos bloqueados, o Cemi foi criado em novembro de 2000 para que as operadoras possuíssem um só sistema que mostrasse quais eram os celulares que não deveriam ser usados por quaisquer clientes. A gestão dele ficou a cargo da ABR Telecom, uma associação das próprias teles para elaborar tecnologias a serem adotadas pelo setor.
O bloqueio apenas impossibilita o aparelho de fazer ou receber chamadas telefônicas, além de trocar SMS. Isso ocorre porque as ligações que entram na rede das teles são identificada pelo número de Imei do aparelho que as efetua.
A partir do momento que um desses “RGs” é localizado, o celular entra para o Cemi. O travamento não é capaz, porém, de incapacitar o celular de acessar a internet via redes de Wi-Fi ou de servir para armazenar arquivo.
A ABR Telecom também gerencia a portabilidade de números de uma empresa para outra, além de ser a entidade supervisora da infraestrutura ociosa que as grandes empresas têm de colocar à disposição das pequenas companhias.