Educadores garantem que seguirão com manifestações em relação à saúde, contratação de novos docentes e o pagamento do piso nacional
A possível paralisação das aulas da rede estadual foi descartada, nessa quarta-feira, durante assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), em Florianópolis. A classe decidiu prosseguir o ano letivo sem interrupções, mas enumerou uma lista de exigências que continuará a reivindicar.
A vice-coordenadora do Sinte-SC, Janete da Silva, enfatiza que o sindicato manterá a luta pelo reajuste do salário, para equiparar ao piso da categoria, além de tomar satisfações quanto à realização do concurso para contratação de dois mil professores. Ela considera o número de vagas pequeno, especialmente se levado em conta o fato do estado ter, hoje, 20 mil educadores admitidos em caráter temporário.
As reivindicações não param por aí. A classe está descontente com o plano de saúde a que tem direito. Janete explica que não há médicos por falta de pagamento. “Iremos ao Ministério Público para tentar solucionar o problema. Do jeito que está não tem como continuar”, reclama Janete.
Segundo informações do jornal Notisul, o Sinte-SC organizará, até o fim do ano, ações de mobilização para chamar a atenção do governo do estado. Dia 5 do próximo mês haverá, em várias cidades, um manifesto nas ruas.
“O problema maior é que o estado não quer negociar. Querem nos atender somente depois das eleições. É muito tempo. Se não tivermos nenhuma resposta até o fim do ano, faremos uma nova assembleia geral e não descartamos a greve”, resume Janete.